30/01/2008

Satélite desgovernado continua caindo

Parâmetros orbitais calculados nesta manhã mostram que o satélite espião norte-americano USA-193 continua perdendo altitude sistematicamente e nas últimas 12 horas já caiu pelo menos 250 metros. Simulações de decaimento orbital feitas pelo Apolo11 mostram que o satélite deverá reentrar na atmosfera terrestre entre os dias 14 de março e 3 de abril, mas as poucas informações orbitais divulgadas ainda não permitem afirmar com certeza o momento do evento.
O satélite foi lançado da base militar de Vandenberg no dia 14 de dezembro de 2006 através de um foguete Delta II. Logo após entrar em órbita o artefato sofreu uma pane durante a abertura de seus painéis solares, com reflexos imediatos sobre os sistemas de geração de energia elétrica e comunicações. Alguns dias depois militares dos EUA confirmaram que haviam perdido a capacidade de se comunicarem com o satélite e que todos os esforços estavam sendo feitos para que o controle da nave pudesse ser restabelecido.



O problema tomou proporções maiores no último dia 26 de janeiro (2008), quando um comunicado feito pelo Conselho Nacional de Segurança dos EUA e reportado pela agência de notícias Associated Press confirmou que as autoridades norte-americanas não tinham mais controle sobre o satélite e que o mesmo poderia cair em qualquer lugar do planeta.


Rastreio e simulação


Elementos orbitais gerados por pesquisadores independentes e utilizados para o rastreio e simulação de re-entrada feitos pelo Apolo11 mostraram que o satélite está orbitando a Terra 15.98 vezes ao dia sobre uma altitude que varia entre 275 e 279 km. Nas últimas 24 horas o satélite cruzou quatro vezes o território brasileiro e durante este período perdeu aproximadamente 250 metros de altura.

Prever exatamente quando o satélite irá cair não é uma tarefa fácil e leva em consideração um grande número de variáveis, entre eles o atrito da atmosfera e a atração gravitacional exercida pelos objetos do sistema solar, especialmente o Sol e a Lua. Outros parâmetros extremamente importantes são o fluxo solar e a força gravitacional exercida pelas montanhas e oceanos. Nas simulações de re-entrada feitas pelo Apolo11 foram utilizados valores de fluxo solar entre 65 e 80, conforme informados em nossa página de atividade solar. Os valores calculados não divergiram dos divulgados por outros grupos independentes, mas ainda é cedo para afirmar o dia da re-entrada, entre 14 de março e 3 de abril.


Re-entrada

Naves que re-entram sem controle na atmosfera, normalmente se rompem entre 72 e 84 quilômetros de altitude devido à temperatura e forças aerodinâmicas que agem sobre a estrutura. A altitude nominal do rompimento é de 78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 km.




Uma vez que a espaçonave ou seu corpo principal se rompe, diversos componentes e fragmentos continuam a perder altura e se aquecer, até que se desintegram ou atingem a superfície. Muitos dos componentes são feitos em alumínio, que se derretem facilmente. Como resultado, essas peças e desintegram quando a nave ainda está em grandes altitudes. Por outro lado, se um componente é feito com material muito resistente, que precisa de altas temperaturas para atingir o derretimento, pode resistir por mais tempo e até mesmo sobreviver à re-entrada. Entre esses materiais se encontram o titânio, aço-carbono, aço-inox e berilo, comumente usados na construção de satélites.

O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à re-entrada, pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica.



Fotos: no topo, gráfico de rastreio mostra passagem do satélite USA-193 sobre o território brasileiro às 01h49 UTC do dia 29 de janeiro de 2008 (23h49 do dia 28 de janeiro pelo horário de Brasília). Acima vemos o tanque de pressurização de um foguete Delta 2, que sobreviveu á re-entrada no dia 22 de janeiro de 1997. O tanque pesa 30 quilos e é contruído de titânio.


Fonte:Apolo11.com

Imagem do Dia: M 82 no aniversário do Hubble


A 24 de Abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi lançado para o Espaço. Depois de uns percalços iniciais, o Hubble abriu uma nova janela para o Universo e tem-nos fascinado com as imagens que tem obtido ao longo destes últimos anos de vida. Na ocasião do 16º aniversário do telescópio espacial, a NASA divulgou esta imagem da galáxia M 82. Esta galáxia está a sofrer um processo de intensa atividade de formação de estrelas neste momento, pelo que se pode ver na imagem grandes quantidades de gás e poeira que são libertadas devido aos ventos solares de muitas das estrelas jovens em formação


Fonte:Portal do Astronomo

22/01/2008

Agência Espacial Européia vai explorar Mercúrio em 2013

A Agência Espacial Européia, ESA e a Astrium assinaram o contrato industrial da primeira missão européia a Mercúrio, batizada de BepiColombo. A parceria foi concretizada em Friedrichshafen, no norte da Alemanha, na sexta-feira e tem como objetico aprofundar o conhecimento sobre Mercúrio.



O lançamento da BepiColombo está previsto para agosto de 2013 e chegará a Mercúrio em 2019 após uma viagem de seis anos em direção ao sistema solar interior. Esta é a primeira missão dupla a Mercúrio, com uma nave espacial europeia e uma fornecida pelo Japão. O programa é desenvolvido em conjunta com a Agência Espacial Japonesa, JAXA, sob liderança da ESA.


"As duas naves espaciais abordarão diversas questões científicas, entre elas a origem e evolução de um planeta próximo da sua estrela-mãe, o estado do interior do planeta e do respectivo campo magnético, assim como um teste à teoria de relatividade de Einstein,” disse Johannes Benkhoff, cientista do projeto BepiColombo ligado à ESA.


A missão BepiColombo tem um orçamento estimado de 665 milhões de euros e seu nome foi dado em homenagem ao matemático e engenheiro espacial italiano Giuseppe Colombo, que viveu entre 1920 e 1984. A sonda estará equipada com camêras
de última geração, capazes de obter imagens em alta definição da superfície de Mercúrio.

As Sondas

Uma das naves, a Mercury Planetary Orbiter ou MPO da ESA, transportará 11 instrumentos para estudar a superfície e composição interna do planeta com uma precisão sem precedentes, utilizando diferentes comprimentos de onda e técnicas de investigação


A segunda nave, chamada a Mercury Magnetospheric Orbiter ou MMO, da JAXA, transportará cinco instrumentos para estudar a magnetosfera do planeta, que é a região do espaço em volta do planeta e dominada pelo seu campo magnético. Em nome da ESA, a Astrium liderará uma rede de subcontratantes para desenhar e construir a nave espacial MPO da ESA e o chamado Mercury Transfer Module, que é o módulo para transportar o conjunto composto MPO-MMO ao seu destino.


Dificuldades

“A Astrium terá de enfrentar vários desafios técnicos,” revelou Jan van Casteren, gestor de projeto da BepiColombo da ESA. “Os problemas derivam basicamente da dificuldade em operar uma nave espacial no duro ambiente de um planeta tão próximo do Sol, onde a radiação é cerca de dez vezes mais intensa do que na proximidade da Terra.”


Uma das dificuldades consiste no fato de que chegar a Mercúrio e depois entrar em órbita requer uma grande quantidade de energia para superara gravidade do Sol. Para atingir o objetivo, as fases da viagem e da inserção em órbita irão basear-se em propulsão fotovoltaica, auxiliada por diversas manobras planetárias assistidas pela gravidade e propulsão química convencional.


Para obter os dados, o MPO funcionará com os instrumentos virados para o planeta, algo nunca antes tentado com Mercúrio devido ao intenso calor refletido pela superfície.



Foto: Concepção artística mostra duas sondas BepiColombo em órbita elíptica ao redor de Mercúrio: a Mercury Planetary Orbiter ou MPO e a Mercury magnetospheric Orbiter ou MMO. Cortesia ESA.



Fonte:Apolo11.com

Estrelas antigas teriam formado planetas pela 2ª vez

Duas estrelas antigas parecem estar passando por uma segunda formação de planetas, um fenômeno que os astrônomos dizem nunca terem visto, informou nesta terça-feira o site Space.com. A decoberta foi publicada na Sociedade de Astronomia dos EUA.
"Esta é uma nova classe de estrelas que, depois de um longo tempo depois de terem formado a si próprias, apresentaram de novo condições de gerar novos planetas", disse Carl Melis, estudante de gradução em astronomia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

As estrelas estão na constelação BP Pisces e TYCHO 4144 329 2, que por sua vez estão na constelação da Ursa Maior. A idade das estrelas é desconhecida, mas os cientistas estimam que elas tenham bilhões de anos de idade, e provavelmente originaram os primeiros planetas há muito tempo.

"A maioria dos astrônomos acredita que quase todas as estrelas estão acompanhadas da primeira geração de planetas", disse Melis. No entanto, o grupo de Melis acredita que as estrelas descobertas tenham "dado à luz" a novos astros pela segunda vez.

"Nós acreditamos que a formação de planetas ocorre nas proximidades de estrelas quando elas ainda estão jovens e envolvidas em gás e poeira, o material necessário para formar corpos planetários", explicou Melis. Este material, no entanto, é completamente usado em cerca de 20 milhões de anos.

"Por isso nunca esperávamos encontrar uma formação tardia de planetas, já que não há condições necessárias nas proximidades", explicou. Os astrônomos ainda não sabem explicar como o fenômeno aconteceu, mas as estrelas parecem ter mantido algumas características de astros jovens.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Nebulosa NGC 3603


Esta imagem da nebulosa NGC 3603, situada a cerca de 20000 anos-luz de distância, põe em evidência a existência de diversos estágios de evolução de uma estrela. No canto superior esquerdo da imagem, obtida com o Telescópio Hubble, encontra-se uma estrela supergigante azul evoluída, conhecida por Sher 25. Esta estrela tem à sua volta um anel de gás circum-estelar. No centro da imagem situa-se um enxame de estrelas jovens e quentes. Uma quantidade enorme de radiação ionizante emitida por estas estrelas escavou uma cavidade em torno do enxame. Gigantes pilares gasosos, qual esculturas cósmicas, são igualmente visíveis na parte direita da imagem, pondo em evidência a interacção entre a radiação ionizante e o material frio molecular de que a nebulosa é formada. Na parte inferior esquerda da imagem são ainda visíveis duas nebulosas de emissão.


Fonte:Portal do Astronomo

18/01/2008

Sonda Messenger: Liberadas mais imagens inéditas de Mercúrio

Ao mesmo tempo em que a sonda Messenger se aproximava do planeta Mercúrio no dia 14 de janeiro de 2008, a moderna câmera de ângulo estreito, NAC, não parava de registrar cenas inéditas do distante planeta. A imagem abaixo foi feita quando a Messenger se encontrava a 18 mil quilômetros da superfície de Mercúrio, apenas 56 minutos antes da aproximação final, que colocou a nave a 200 quilômetros de altitude. A cena captada pela câmera mostra uma região de 500 quilômetros de largura. Nela, crateras com menos de 1 quilômetro de diâmetro podem ser vistas facilmente.



A imagem mostra a superfície mercuriana iluminada obliquamente pelo Sol, onde vemos claramente um terreno rugoso e craterado. A grande cratera dupla, preenchida com sombras e vista no canto superior direito, foi estudada pela sonda Mariner 10 há 33 anos e na ocasião foi batizada de Vivaldi. Seus anéis externos têm diâmetro aproximado de 200 quilômetros. As modernas câmeras da Messenger revelaram detalhes nunca vistos anteriormente, incluindo uma larga e antiga depressão sobreposta pela região esquerda da cratera Vivaldi.


Desfiladeiro


Vinte e um minutos depois da aproximação final, quando a nave se encontrava a 5800 quilômetros da superfície, novas cenas puderam ser captadas pela câmera de ângulo estreito. Como na imagem anterior, a cena também mostra uma grande quantidade de crateras, porém, a menor distância do solo permitiu que a câmera registrasse crateras com menos de 300 metros de diâmetro. A imagem é uma das 68 fotos feitas da região equatorial de Mercúrio e nunca foram registradas por uma sonda. Quando combinadas, formarão um grande mosaico que permitirá aos cientistas estudarem o processo da formação do planeta, há 4 bilhões de anos.



A cena revela uma dos mais longos desfiladeiros de Mercúrio, visto aqui como uma curva que parte do topo da imagem e se propaga pelo lado direito. O Sol brilha baixo desde o lado esquerdo, fazendo com que o precipício provoque uma grande sombra no solo. De acordo com geólogos planetários, gigantescas forças na crosta de Mercúrio pressionaram o terreno visto à esquerda em direção ao terreno à direita. No alto da imagem vemos que parte da encosta do desfiladeiro foi destruída pelo impacto de um meteoro.


Crateras de Impacto

Trinta e sete minutos depois de se aproximar ao máximo de Mercúrio, a câmera de alta resolução captou a penúltima cena de um total de 99. Quando somadas, permitirão formar um mosaico de 9 linhas por 8 colunas da região nordeste do planeta. A imagem, com resolução de 360 metros por pixel, cobre uma região de 370 quilômetros e nunca havia sido registrada por outra sonda.






A cratera vista em destaque mostra uma grande quantidade de raios brilhantes que parecem se originar do seu centro e que foram esculpidos pela ejeção de material durante o impacto de algum cometa ou meteoro. A cena também revela uma série de crateras menores ao seu redor.

O estudo das crateras de impacto fornecerá aos pesquisadores importantes dados sobre a história e composição de Mercúrio, além trazer mais luz sobre os processos dinâmicos que ocorreram durante a formação do sistema solar.


Imagens Melhores

Comparando as imagens recebidas pela Mariner 10 em 1975, nota-se claramente uma grande diferença na qualidade das imagens. Na época, as câmeras usadas nas sondas espaciais eram construídas com tecnologia do tipo Vidicon, fora de uso há mais de 30 anos. Atualmente os sensores são bem mais sofisticados e utilizam tecnologia CCD de alta precisão, que permitem analisar a superfície do planeta em diversos comprimentos de onda.

A câmera de ângulo estreito (NAC), a bordo da Messenger, faz parte de um conjunto imageador desenvolvido pelo Instituto de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, dos EUA. O equipamento, chamado MDIS, é um conjunto capaz de captar imagens em 11 comprimentos de ondas diferentes, desde o espectro visível até o infravermelho. As imagens mostradas aqui foram captadas no comprimento de onda de 750 nm (nanômetros), que cobre a região do vermelho do espectro visível.


Crédito das Imagens: Nasa, ESA, JHU.


Fonte:Apolo11.com

Nuvens de gelo provocam neve de CO2 em Marte

A sonda européia Mars Express detectou nuvens de gelo tão densas que projetam sombras e produzem neves de dióxido de carbono (CO2) sobre a superfície de Marte, disse à Agência Efe o cientista Agustín Chicarro.

O diretor-científico da missão, patrocinada pela Agência Espacial Européia (ESA), afirmou que os dados confirmam a presença de nuvens de dióxido de carbono que, junto com as mais conhecidas de vapor de água, formam o céu do planeta vermelho.

A descoberta é um passo importante no estudo do passado climático do quarto planeta do Sistema Solar, que sugere que este poderia ser muito mais quente há milhões de anos e fornece pistas para saber como aconteceu seu "resfriamento global".

O processo, inverso ao aquecimento da Terra, também permitirá comparar os dois fenômenos, mesmo sabendo que "as duas atmosferas são muito diferentes", ressaltou o cientista.

"Se um espectador estivesse na superfície de Marte, ao olhar a montante poderia admirar uma mistura de nuvens azuladas de vapor de água e outras amareladas de dióxido de carbono, estas últimas formadas por cristais de gelo deste composto", afirmou Chicarro.

Os pesquisadores observaram pela primeira vez que as nuvens de CO2 - mais freqüentes no equador do planeta - podem produzir "precipitações de neve", o que é "um fenômeno muito curioso" que não havia sido observado antes em nenhum outro planeta do Sistema Solar.

As imagens, obtidas pelo espectrômetro Ômega da Mars Express, também mostram que as nuvens estão em uma região muito alta - a mais de 80 quilômetros de altura - e causam uma redução do brilho do Sol sobre o planeta que poderia chegar a 40%.

Isto faz com que na zona de sombras a temperatura diminua até 10 graus Celsius a mais que nas proximidades, o que tem efeitos diretos sobre o tempo local, em particular nos ventos.

A formação das nuvens e o tamanho de seus cristais, que podem ser de mais de um micrômetro, é explicada pelas variações extremas na temperatura diária que ocorrem perto do equador de Marte.

O frio da noite e as altas temperaturas diurnas provocam correntes que fazem com que as bolhas de gás quente se elevem sobre a superfície.

"Quando estas bolhas chegam a zonas altas, se resfriam, e o dióxido de carbono se condensa sob a forma de partículas de gelo que vão aumentando de tamanho", explica Franck Montmessin, pesquisador do projeto.


Fonte: Site Terra

17/01/2008

Sonda revela misteriosos ciclones quentes em pólo gelado de Saturno

A sonda Cassini revelou a existência de misteriosos ciclones no pólo norte de Saturno, com altas temperaturas, apesar de a região estar envolvida na escuridão há mais de uma década, revelou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.


Um comunicado do JPL informou que as regiões de alta temperatura no pólo norte são semelhantes às do pólo sul, que recebe os raios solares. Os ciclones foram observados pelo observatório W.M. Keck, do Havaí. Foi uma surpresa total para os astrônomos.

"Pensávamos que a região quente do pólo sul estava vinculada ao fato de estar sob o sol. Mas como o pólo norte está sem luz solar desde o começo do inverno em Saturno, em 1995, não achávamos que fôssemos encontrar algo assim", explicou Glen Orton, cientista do JPL e analista dos dados.

Segundo Leigh Fletcher, cientista da Universidade de Oxford (Inglaterra), as regiões aquecidas nos dois pólos são resultado de um movimento do ar, que se comprime e se aquece à medida que desce à superfície do planeta.

"As forças que geram este movimento e todo o deslocamento na atmosfera de Saturno são desconhecidas", acrescentou, num relatório sobre a descoberta, publicado pela revista "Science".

Cada inverno em Saturno dura ao redor de 15 anos. A missão da sonda Cassini é um projeto internacional da Nasa, da Agência Espacial Européia e da Agência Espacial da Itália.


Fonte: O Globo Online

Mercúrio: Messenger envia imagem inédita do planeta


A Nasa, agência espacial americana e a ESA, agência espacial européia, divulgaram na manhã desta quarta-feira a primeira imagem do planeta Mercúrio feita pela camêra de alta resolução de ângulo estreito (NAC). A imagem foi captada no dia 14 de janeiro de 2008 de uma altitude de 28 mil quilômetros da superfície, momentos antes da nave atingir a máxima aproximação do planeta.
As imagens de maior resolução de quando a sonda chegou a apenas 200 quilômetros da superfície serão divulgadas nos próximos dias, após serem previamente estudadas pelos cientistas de ambas as agências.
A imagem divulgada nesta manhã mostra detalhes com aproximadamente 96 quilômetros de resolução, bem mais preciosos do que nas imagens anteriores. A cena mostra uma superfície fortemente craterada, com detalhes únicos e distintos. No canto direito da paisagem encontra-se a gigantesca bacia Caloris, incluindo sua região ocidental, jamais registrada por qualquer sonda. A bacia tem 1400 quilômetros de diâmetro e é formada pelo impacto de um grande meteoro ou cometa. Provavelmente Caloris é a mais jovem bacia de impacto encontrada no sistema solar.


Imagem inédita

A sondagem também mostra que o interior da bacia é mais claro que as partes à sua volta, o que pode indicar diferenças na composição química da superfície. Outro detalhe que chama a atenção são as incomuns crateras de bordas escuras, ao redor de Caloris.

A cena enviada pela Messenger também mostra diversas crateras de impacto com características similares às encontradas na Lua. Os raios que parecem partir das crateras são formados pelo lançamento do material da superfície, arremessado após o impacto de grandes meteoros.

Outras fotos, obtidas durante a aproximação final e colorizadas artificialmente, revelarão mais detalhes de Mercúrio. Juntas, essas imagens e dados coletados pelos instrumentos da Messenger deverão formar uma imagem global bem mais detalhada da superfície, permitindo maior compreensão da formação e história geológica de Mercúrio.

Aguardem novas imagens. Elas estão chegando!


Fonte:Portal do Astronomo

15/01/2008

Imagem do Dia: As camadas da atmosfera de Titã


A sonda Cassini descobriu, de uma forma surpreendente, que a atmosfera de Titã consiste numa sucessão de camadas de "nevoeiro". Esta imagem em cor falsa mostra-nos as muitas camadas que constituem a atmosfera desta lua de Saturno e que se estendem por várias centenas de kilómetros acima da superfície. Embora esta seja uma visão do lado nocturno de Titã, com apenas uma pequena faixa a receber um pouco de luz solar, as várias camadas são facilmente visíveis devido à luz dispersada na atmosfera.


Fonte:Portal do Astronomo

Missão espacial da Atlantis sofre novo adiamento

A missão do ônibus espacial Atlantis para instalar o módulo europeu Columbus na Estação Espacial Internacional (ISS) foi adiada mais uma vez, desta vez para 7 de fevereiro, anunciou hoje a Nasa (agência espacial americana) num comunicado.
Na semana passada, a agência espacial americana tinha informado que a nave partiria no dia 24 deste mês, após três adiamentos desde dezembro, quando os engenheiros alertaram para falhas nos sensores do tanque de combustível externo.

A Nasa informou que a transferência do lançamento da missão para 7 de fevereiro só foi decidida depois que engenheiros instalaram sem problemas novas conexões para os sensores.

Segundo o comunicado divulgado, a nave vai ser lançada às 17h47 (de Brasília), com sete astronautas a bordo.

O principal objetivo da missão, que vai durar 11 dias e inclui três caminhadas espaciais, é instalar e pôr em funcionamento o Columbus, que facilitará o trabalho de cientistas de todo o mundo.



Fonte: Site Terra

Sonda Ulysses mapeia pólo norte do sol


Ao mesmo tempo em que a sonda norte-americana Messenger se aproximava de Mercúrio na tarde de segunda-feira e chegava a apenas 200 quilômetros da superfície do planeta, outra nave, bem distante dali, também cumpria parte de sua missão e enviava as primeiras informações de uma das mais importantes regiões do Sol.

O feito é da sonda Ulysses, uma missão conjunta entre a Nasa, a agência espacial americana e a Esa, a agência espacial européia. Ao contrário de outras naves, Ulysses está capacitada a sobrevoar exatamente os polos solares, tornando possível o estudo dessas regiões muito difíceis de serem observadas da Terra, Ulysses foi lançada em outubro de 1990 a partir do ônibus espacial Discovery.


Feliz Coincidência


O momento de passagem da sonda acima dessa região solar foi uma feliz coincidência de datas, já que um novo ciclo solar começou há poucos dias. "Essa é uma oportunidade sem precedentes para examinarmos o pólo norte do Sol", disse Arik Posner, cientista norte-americano ligado à Nasa. "Essa condição nunca havia acontecido antes".

A sonda já passou sobre os polos do Sol outras três vezes, em 1994 /95, 2000/01 e 2007. A cada passagem revelou novos detalhes, mas esse sobrevôo promete ser o mais interessante de todos.

"Da mesma forma que na Terra o estudo dos pólos é crucial para a compreensão das mudanças climáticas, o estudo dos polos solares são fundamentais para a compreensão dos ciclos solares", diz Ed Smith, cientista do projeto Ulysses e ligado ao JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.


Dínamo Solar

Muitos pesquisadores acreditam que os pólos sejam a central responsável pelos fluxos solares. Quando uma mancha solar se rompe, seu campo magnético enfraquecido é carregado em direção aos polos através de vastas correntes de plasma. Isso faz dos pólos uma espécie de "cemitério de manchas solares". Os campos magnéticos antigos são levados 200 mil quilômetros abaixo da superfície, onde um fenômeno conhecido como dínamo solar amplifica esses campos, que podem ser usados em futuros ciclos.

Outro grande quebra-cabeça revelado em sobrevôos anteriores é a temperatura dos pólos. No ciclo solar anterior, o pólo norte magnético estava cerca de 44 mil graus Celsius, ou 8%, mais frio que o pólo sul. Ninguém ainda sabe o motivo desta diferença e o atual sobrevôo pode ajudar a resolver o mistério, já que ele acontece a menos de um ano do sobrevôo do pólo sul em 2007. Isso permitirá aos cientistas compararem as temperaturas entre os dois pólos com pouca diferença de tempo entre as medidas.

Outra descoberta da sonda Ulysses é o vento polar de alta velocidade. "Nas regiões polares o campo magnético se abre e libera jatos de partículas da atmosfera solar que chegam a quase 2 milhões de quilômetros por hora", explica Smith.

Fonte :Apolo11.com

Após 33 anos, sonda deve enviar fotos de Mercúrio

Cientistas da Nasa (a agência espacial americana) aguardam a transmissão das primeiras fotografias do planeta Mercúrio em 30 anos, depois que a sonda Messenger passou nesta segunda-feira a uma distância de 200 quilômetros de sua superfície.
Os cientistas pretendem divulgar as imagens do planeta próximo do Sol no final do mês. Depois de quase quatro anos de viagem, a sonda deverá tirar mais de 1,2 mil fotos de Mercúrio.

Messenger fará duas outras aproximações do planeta antes de entrar em sua órbita em 2011.


Altas temperaturas


A última missão para Mercúrio, com a sonda Mariner 10, foi realizada em 1975, quando apenas metade da superfície do planeta foi investigada. Uma face de Mercúrio fica permanentemente voltada para o Sol, e as temperaturas variam, entre o dia e a noite, cerca de 500ºC.

Sua órbita em torno do Sol leva 88 dias. Os cientistas estão intrigados porque apesar de ser o planeta mais próximo da estrela, pode haver gelo em crateras profundas que ficam permanentemente nas sombras.

Os pesquisadores esperam que a sonda Messenger forneça ainda medições sobre a composição mineral e química da superfície do planeta.

Os instrumentos a bordo da sonda são protegidos por um escudo. O lado do escudo voltado para o Sol enfrenta temperaturas de mais de 300ºC.


Fonte:Site Terra

09/01/2008

Sonda Cassini descobre ciclones no pólo norte de Saturno

A sonda Cassini revelou a existência de misteriosos ciclones no pólo norte de Saturno, com altas temperaturas, apesar de a região estar na escuridão há mais de uma década, revelou o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.
As regiões de alta temperatura no pólo norte são semelhantes às do pólo sul, que recebe os raios solares. Os ciclones foram observados pelo observatório W.M. Keck, do Havaí.

Para os astrônomos foi uma grande surpresa. "Pensávamos que a região quente do pólo sul estava vinculada ao fato de estar sob o sol. Mas como o pólo norte está sem luz solar desde o começo do inverno em Saturno, em 1995, não achávamos que fôssemos encontrar algo assim", explicou Glen Orton, cientista do JPL e analista dos dados.


Segundo Leigh Fletcher, cientista da Universidade de Oxford na Inglaterra, as regiões aquecidas nos dois pólos são resultado de um movimento do ar, que se comprime e se aquece à medida que desce à superfície do planeta. Entretanto, "as forças que geram este movimento e todo o deslocamento na atmosfera de Saturno são desconhecidas", acrescentou Fletcher.


Cada inverno em Saturno dura ao redor de 15 anos.



Fonte:Apolo11.com

Imagem do Dia: Calisto, Europa e Júpiter


Imagem belíssima de Júpiter e de dois dos seus satélites, Calisto e Europa, obtida pela sonda Cassini em Dezembro de 2000, quando da sua passagem pelo sistema Joviano. As distâncias podem ser enganadoras. Europa, que pode ser vista sobre o disco de Júpiter, encontra-se 600 000 quilómetros acima das nuvens de Júpiter, enquanto que Calisto, em baixo à esquerda, encontra-se cerca de 3 vezes mais distante. Europa que é um pouco mais pequena que a nossa Lua, possui uma das superfícies mais brilhantes entre os corpos do Sistema Solar. Calisto, que é 50% maior do que Europa, é cerca de 3 vezes mais escuro. Para ser possível observar Calisto nesta imagem, foi necessário aumentar o seu brilho em relação a Europa e a Júpiter.


Fonte:Portal do Astronomo