20/03/2008

Detectada 1ª molécula orgânica em planeta fora do Sistema Solar


O telescópio espacial Hubble detectou a primeira molécula orgânica na atmosfera de um planeta gigante localizado fora do Sistema Solar. De acordo com a Nasa, agência espacial norte-americana, a molécula de metano encontrada é um passo importante para identificação de sinais de vida em exoplanetas. O HD189733b fica a 63 anos-luz de distância, na constelação Vulpecula.

Pesquisas anteriores sugeriam que poderia haver água na atmosfera deste corpo celeste, segundo nota na revista Nature. Além do vapor d'água, o estudo detectou também a presença de metano, embora não tenha sido encontrado monóxido de carbono, substância que os cientistas acreditavam ser abundante na camada superior da atmosfera.

Graças ao telescópio espacial Hubble, que utilizou uma técnica de ondas infravermelhas para determinar o espectro da transmissão, foram captadas alterações químicas nas condições atmosféricas que permitiram aos cientistas reunir informações-chave para confirmar a presença do metano e de vapor d'água.

O HD189733b foi descoberto em 2005 por um grupo de astrônomos do Observatório de Genebra, e foi o nono a ser detectado graças às observações "de passagem", que medem oscilações periódicas da luminosidade de uma estrela estável.

Observações posteriores descobriram que o planeta, apesar do grande tamanho, completa a sua órbita em pouco mais de dois dias. O planeta tem uma massa 15% superior à de Júpiter, e os astrônomos calculam que sua temperatura seja de várias centenas de graus.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Prometeus - o ladrão de fogo e gelo


Na mitologia grega, Prometeus ficou conhecido por roubar aos deuses o fogo. Neste caso, Prometeus, um dos satélites de Saturno, poderá ficar conhecido por roubar, não fogo, mas partículas de gelo dos anéis do planeta gigante. Nesta imagem algo estranha, podemos ver Prometeus, com os seus cerca de 100 km de tamanho, a orbitar perto de um dos anéis de Saturno. Esta proximidade leva a que esta pequena lua esteja a arrastar consigo pequenas partículas pertencentes ao sistema de anéis, influenciando, assim, a formação de intervalos e buracos nos anéis.

Fonte:Portal do Astronomo

12/03/2008

Traços de lago habitável são descobertos em Marte

Cientistas da Universidade do Arizona identificaram uma cratera em Marte com aparentes traços do que pode ter sido um plácido lago habitável. A cratera Holden, com uma base de grandes rochas, aparece rodeada interiormente por anéis formados por camadas de sedimentos que formam as margens do que aparentemente foi um plácido lago, segundo divulgaram hoje pesquisadores do departamento de Ciências Planetárias da Universidade do Arizona.
As rochas breccia já indicam presença de água: são aglomerações de fragmentos menores cimentadas por minerais dissolvidos. "A cratera Holden tem uma das megabreccia melhor expostas de Marte", disse o professor Alfred McEwen, que participou da pesquisa.

A megabreccia e os sedimentos, principalmente de argila, "contêm minerais que se formam na presença de água e marcam ambientes potencialmente habitáveis".

"Este local seria excelente para enviar um veículo robô e trazer de volta uma mostra; representaria um grande avanço na compreensão da dúvida sobre se Marte pode suportar vida", disse Holden.

Segundo os especialistas em Marte, blocos de pedra de até 50 metros de diâmetro se dispersaram quando um meteorito formou a cratera, rochas que mais tarde, aparentemente por causa da água, formaram a megabreccia.

Pelo menos 5% do peso dos sedimentos da parte de cima da megabreccia são formados por argilas, segundo os pesquisadores. "A origem destas argilas é incerta", afirma outro pesquisador, John Grant, do Museu Smithsoniano Nacional do Ar e do Espaço. "Mas se estivéssemos vendo imagens da Terra e buscássemos lugares propícios para serem habitados, buscaríamos locais como esse".

Tudo isso, segundo o estudo da universidade, teria permanecido escondido se não fosse o desmoronamento das paredes da cratera, incapazes de suportar a pressão da água, em um volume calculado em 4 mil km³.

"O volume de água que fluiu durante essa enchente teve que ser espetacular, pois foi capaz de movimentar blocos de pedra do tamanho de um campo de futebol a mais de 70 ou 80 metros de distância", afirma Grant.


Fonte:Site Terra

Rhea pode ser primeira lua com anéis


A aeronave espacial internacional Cassini observou que a segunda maior lua de saturno pode estar cercada por anéis, ao detectar um grande disco de escombros em volta de Rhea. Se confirmado, será a primeira vez em que são encontrados anéis em torno de uma lua.
De acordo com a CNN, as fotos foram tiradas em 2005 e publicadas dia 7 de março na revista Science. A nave detectou o que aparenta ser uma disco de escombros em torno da lua Rhea. Cientistas sugeriram que o aro contenha partículas de tamanhos que variam de grãos a pedras.

Ao contrário dos anéis de Saturno, Júpiter, Urano e Netuno, os aros em torno de Rhea não podem ser vistos diretamente. A existência dos anéis é baseado em dados recolhidos pela Cassini que detectou uma queda de elétrons em ambos os lados da lua, sugerindo a presença de anéis que estariam absrovendo os elétrons.

Quanto à origem dos anéis, duas hipóteses são cogitadas. Poderiam ser o resultado da colisão de um antigo asteróide ou cometa que espalhou material em torno de Rhea ou restos da formação da estrela, segundo o físico Geraint Jones, da Universidade de Londres.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Grupo NGC 3190


Este conjunto de galáxias encontra-se a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância. Do lado esquerdo, em cima, encontra-se uma galáxia elíptica desprovida de grandes detalhes (NGC 3193). No centro, em baixo, pode-se ver a magnífica galaxia espiral NGC 3190, ligeiramente inclinada em relação à nossa linha de visão. Esta galáxia é a que dá o nome a este grupo, do qual fazem parte mais 10 galáxias do que as três aqui visíveis. Finalmente, do lado direito, encontra-se a espectacular galáxia espiral barrada NGC 3187.


Fonte:Portal do Astronomo

06/03/2008

Máquina quer desvendar segredos do Universo


O principal centro de pesquisa do mundo dedicado a encontrar as origens da matéria deu nesta quarta-feira um passo gigantesco em direção à conclusão de um projeto de 15 anos que cientistas esperam poder ajudar a descobrir muitos segredos do Universo.
Um enorme núcleo magnético, pesando 1.920 toneladas ou o equivalente a cinco aviões jumbo, foi baixado em uma vasta câmara 100 metros abaixo do centro internacional CERN, na fronteira da Suíça com a França, perto de Genebra. "Acreditamos que este projeto descobrirá coisas que nem imaginamos agora", disse o professor Jobs Engelen, diretor científico chefe do CERN, a organização européia de pesquisa nuclear formada por 26 países.

Alguns de seus colegas afirmaram que o projeto, que chocará partículas entre si a altíssimas velocidades no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), possa criar novo conhecimento, como a possível existência de múltiplas dimensões.

Outros se atrevem a descrever possibilidades há muito descritas apenas na ficção científica - múltiplos universos, mundos paralelos, buracos negros no espaço ligando diferentes níveis de existência. "Este é um momento muito emocionante para a física. O LHC está preparado para nos levar a um próximo nível de entendimento de nosso Universo", disse Tejinder Virdee, porta-voz da equipe responsável pelo detector de partículas do projeto, conhecida pelas iniciais CMS.

O ímã e os equipamentos que o cercam e que foram instalados com a ajuda de uma grua especialmente projetada e um sistema hidráulico são a parte mais pesada do CMS e somam 8 das 15 partes do colisor. Além do ímã e dos detectores, o elemento principal do LHC é o túnel circular de 27 quilômetros onde partículas de matéria serão disparadas em direções opostas e à velocidade da luz para se chocarem.

Os experimentos devem começar no final de 2007 e o sistema estará totalmente operacional em meados de 2008. Usando aceleradores de partículas construídos para uma versão anterior do LHC, controladores poderão gerar cerca de 600 milhões de colisões por segundo. Cada choque, segundo o CERN, recriará as condições que existiram nanosegundos depois do Big Bang, a explosão inicial que cientistas dizem ter ocorrido há 15 bilhões de anos e que gerou o Universo.

Estudando o que acontece com as partículas, um processo que será analisado por computadores ultra-sofisticados, os pesquisadores do CERN acreditam que conseguirão conhecimento sobre como a matéria do Universo conhecido, e talvez de dimensões desconhecidas, foi formada. Eles esperam também aprender mais sobre a matéria escura que acredita-se que existe em quantidades 30 a 100 vezes maiores do que a matéria brilhante da qual o Universo visível e tudo que está nele, como nós humanos, são feitos.


Fonte:Site Terra

Nasa divulga primeiras imagens de avalanches em Marte


A agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou nesta terça-feira as primeiras imagens de avalanches em Marte, capturadas por uma sonda americana em órbita no planeta vermelho. As imagens espetaculares, tomadas pela sonda Mars Reconnaissance da Nasa no dia 19 de fevereiro, mostram nuvens de cor havana saindo debaixo de uma espécie de grande ladeira, depois de avalanches marcianas de gelo e pó.
A sonda tirou as fotos com uma câmara de alta resolução denominada HiRISE.

Segundo a pesquisadora da Nasa Candice Hansen, observar as avalanches nas imagens foi uma agradável surpresa, uma vez que o objetivo de fotografar Marte era registrar mudanças estacionais no dióxido de carbono que cobre as dunas, não desprendimentos de terras". Hansen trabalha no Jet Propulsion Laboratory na Califórnia (oeste).

Os cientistas não sabem o que causou os deslizamentos e planejam tirar mais fotos para estudar mais detalhadamente o fenômeno, para saber se ocorre todo o ano ou apenas no início da primavera marciana. Duas mil e quatrocentas imagens tiradas pela sonda foram publicadas hoje pela Nasa.

Desde que chegou ao planeta vermelho há dois anos, a Mars Reconnaissance enviou mais dados que todas as outras missões a Marte combinadas, informou a Nasa.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: O aglomerado de galáxias em Virgem


O aglomerado da Virgem é o aglomerado de galáxias mais próximo da nossa galáxia Via Láctea. Contém mais de 1000 galáxias dos mais variados tipos, incluindo espirais, elípticas e irregulares. Este aglomerado, cuja região central é aqui visível nesta imagem, é tão maciço que se encontra neste momento a atrair a nossa galáxia na sua direcção. O aglomerado da Virgem, que se situa a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância, inclui as galáxias M86 (visível na parte de cima da imagem, à esquerda), M84 (em cima à direita), NGC 4388 (em baixo) e NGC4387 (no meio).


Portal do Astronomo.