15/04/2008

Sonda capta primeiras imagens de lua de Marte


A Nasa, a agência espacial americana, divulgou hoje as imagens detalhadas de Fobos, a maior das duas luas de Marte, feitas por uma das câmeras da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).
Em comunicado, a Nasa indicou que uma dessas imagens, captada a uma distância de cerca de 6,8 mil km, mostra o panorama de uma zona iluminada de aproximadamente 21 km, no qual se destaca a cratera Stickney.

As fotos coloridas mostram materiais próximos às bordas da Stickney, e nelas também aparecem outras crateras e depressões que parecem ter se formado como resultado de impactos provenientes de Marte.

O comunicado indicou que as fissuras detectadas nas paredes da Stickney e de outras crateras são resultado do desmoronamento de material para o interior da depressão, arrastado pela força gravitacional da lua.

Segundo Alfred McEwen, cientista do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, a lua marciana é de grande interesse para os astrônomos porque pode conter água em forma de gelo e materiais ricos em carbono.

Nathan Bridges, membro do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, indicou que esta não é a primeira vez que se captam imagens de Fobos. "No entanto, estas são de muito maior qualidade e nos fornecem os melhores dados conhecidos até agora sobre Fobos. Essas imagens nos ajudarão a determinar a origem e a evolução desta lua", indicou Bridges.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Detalhes da atmosfera de Saturno no infravermelho


A sonda Cassini obteve imagens intrigantes de estruturas na atmosfera de Saturno. Digno de nota é a irregularidade que se observa na borda Este da zona escura que envolve o Pólo Sul de Saturno. Esta imagem foi obtida no dia 21 de Maio, pela câmara de infravermelho ISS, utilizando um filtro sensível ao metano. A escala da imagem é de 131 km por pixel e foi obtida a uma distância de 22 milhões de quilómetros.


Fonte:Portal do Astronomo

03/04/2008

Rússia define 40 pré-candidatos para simulação de viagem a Marte

O Instituto de Problemas Médico-Biológicos da Academia de Ciências da Rússia (IBMP, sigla em inglês) informou hoje que recebeu da Agência Espacial Européia (ESA) cerca de 40 perfis de voluntários para participarem de uma simulação de vôo para Marte.

A porta-voz da ESA na Rússia, Elena Feichtinger, afirmou à agência russa "Interfax" que 80 pessoas participaram da primeira fase do processo, entre elas dez mulheres, e os 40 nomes finais foram selecionados após entrevista telefônica.

"Toda a informação e os dados médicos dos candidatos estão à disposição do Instituto", disse a porta-voz, que ainda afirmou que em meados de maio representantes da ESA e médicos russos vão selecionar em Colônia (Alemanha) mais oito ou dez candidatos.

A última fase do processo de seleção terá exames clínicos e treinamentos em Moscou.

Em julho do ano passado, quando as inscrições ainda estavam abertas, a ESA e o IBMP informaram ter recebido mais de cinco mil solicitações de voluntários de 28 países diferentes para participarem do projeto, dos quais cerca de 200 pessoas cumpriam os critérios de seleção.

Feichtinger disse que o projeto conhecido como "Marte-500", que terá duração de 520 dias, contará com a participação de quatro candidatos russos e dois europeus, enquanto os outros voluntários selecionados farão parte da tripulação suplente.

Os seis escolhidos permanecerão por um total de 520 dias - tempo da viagem de ida e volta a Marte -, além de 30 simulando uma permanência na superfície do planeta vermelho.

A experiência russa acontecerá em cinco módulos de 550 metros cúbicos, com configuração, instrumentos e equipamentos colocados da mesma forma que poderiam estar nas futuras naves interplanetárias.

A viagem tripulada a Marte é uma meta já estabelecida em programas espaciais de Estados Unidos, Rússia, China e de países-membros da ESA.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Enceladus e os anéis de Saturno


Numa altura em que a sonda Cassini atravessava o plano dos anéis de Saturno, estes foram
fotografados quase de perfil, dando-se a feliz coincidência de Enceladus, uma das luas de Saturno, se encontrar no campo de visão da sonda, tendo sido possível captar esta curiosa e interessante imagem. A Cassini deverá continuar os próximos três anos em órbita de Saturno, enviando para a Terra mais imagens como esta do gigante dos anéis e das suas luas.

Fonte:Portal do Astronomo

01/04/2008

Nasa detecta explosão mais distante vista a olho nu


Uma explosão de estrela, detectada no dia 19 de março pelo satélite Swift, da Nasa, foi a mais distante que pôde ser observada a olho nu da Terra. O fenômeno ocorreu a 7,5 bilhões de anos-luz do nosso planeta e durou cerca de 30 s. A informação foi divulgada hoje pela Nasa.
"Nenhum outro objeto ou explosão parecida pôde ser visto tão distante a olho nu por nós", afirmou o pesquisador Stephen Holland, do Goddard Space Flight Center, em nota da Nasa.

Há 7,5 bilhões de anos, o universo tinha menos da metade de sua atual idade e a Terra ainda não tinha sido formada. A explosão de raios gama é o acontecimento astronômico mais espetacular e luminoso do Universo desde o 'Big Bang'", disse a Nasa.

Esses fenômenos são produzidos quando uma estrela supergigante esgota seu combustível nuclear e seu núcleo se colapsa para formar um buraco negro ou estrelas de nêutrons.


Fonte:Site Terra

Depósitos de sal podem dar pistas sobre vida em Marte

Depósitos de sal descobertos em Marte evidenciam que ali houve água em um passado remoto e podem oferecer provas de alguma forma de vida no planeta vermelho, segundo um estudo divulgado hoje pela revista Science.
Os depósitos de minerais de cloreto foram descobertos por uma câmera instalada na sonda Odyssey que viaja em uma órbita marciana. Por meio da câmera do Sistema de Imagem de Emissão Termal da Odyssey (Themis), os cientistas da Universidade do Havaí, da Universidade Estadual do Arizona e do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa descobriram cerca de 200 lugares do hemisfério sul de Marte com características que revelam a existência dessas jazidas minerais.

"A Themis nos permite olhar com detalhes o espectro infravermelho termal, que é o melhor para encontrar depósitos de sal longínquos da órbita", disse Philip Christensen, cientista da Universidade Estadual do Arizona.

As jazidas de sal aparecem nas latitudes médias e baixas do planeta, onde o terreno é muito antigo e cheio de crateras, assinalaram os cientistas em seu relatório.

Segundo Mikki Osterloo, cientista da Universidade do Havaí, os cientistas fizeram a descoberta ao perceber mudanças de cores nas imagens proporcionadas por Themis.

"Comecei a observar esses lugares porque mostravam um azul intenso em um conjunto de imagens, verde em um segundo conjunto e laranja amarelado em outro", disse a geóloga, autora principal do relatório.

Segundo Christensen, muitos dos depósitos se encontram em conchas nas quais desembocam uma série de canais. "Esses são os tipos de características, como as da Terra, que revelam o fluxo de água durante um tempo prolongado", manifestou.

Os cientistas acham que os depósitos de sal se formaram entre 3,9 e 3,5 bilhões de anos, quando eles acham provável que o planeta Marte era muito mais úmido e quente.

Christensen afirma que "por sua natureza, os depósitos de sal apontam para a existência de muita água, que pode ter existido em lagoas antes de sua evaporação".

"Isso é crucial. Para a vida é indispensável que haja um habitat que se mantenha durante algum tempo", acrescentou. Por outro lado, existe o que o cientista qualificou como "efeito de concentração". Os depósitos estão em conchas sedimentares e, provavelmente, qualquer rastro de material orgânico se dispersou com o fluir da água.

No entanto, durante um tempo muito longo, "a água que fluiu até a bacia pôde concentrar os materiais orgânicos e é possível que agora estejam bem preservados no sal", declarou.


Fonte:Site Terra.

Marte e Vênus são mais parecidos que o imaginado

Marte e Vênus, planetas considerados tão diferentes entre si, têm mais em comum do que o imaginado. Duas naves espaciais descobriram que as atmosferas dos dois planetas
são muito parecidas. Ambas sofrem com o vento solar, uma vez que não têm um campo magnético protetor, como a Terra tem, de acordo com o site Space.com.

A radiação solar passa energia às partículas atmosféricas em Marte e Vênus, que aceleram e escapam dos planetas. O mesmo não ocorre com a Terra, que tem a atmsfera protegida por um campo magnético global.

"Estes resultados realmente mostram o lugar especial que é a Terra e a sorte de ter uma atmosfera protegida por um campo magnético", disse David Brain, cientista que estuda os planetas na Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos.

Com o estudo, os pesquisadores esperam aprender a evolução do clima nos dois planetas, para comparar à atmosfera da Terra.

As naves Mars Express e Venus Express estão em órbita em torno dos dois planetas colhendo dados das atmosferas e de suas interações com a radiação solar. As informações mostram que as partículas carregadas das camadas gasosas que envolvem os planetas estão sendo varridas por vento solar e tempestades.

"Marte e Vênus são planetas muito diferentes", disse Brain, que também é pesquisador da Venus Express. "A atmosfera de Vênus é muito fina, quente e seca, e a de Marte é fina e fria, mas ainda assim o mesmo processo está ocorrendo em ambos os planetas."

Ambas as atmosferas são formadas por 95% de dióxido de carbono. Apesar de a atmosfera terrestre ser formada basicamente por nitrogênio agora, os cientistas acreditam que o planeta fosse mais parecido com os outros planetas rochosos no passado.


Fonte:Site Terra

EUA exibirá imagens de Saturno tiradas por sonda

Mais de 50 imagens de Saturno e de suas múltiplas luas, feitas pelas sondas espaciais Cassini-Huygens, poderão ser vistas entre 26 de abril deste ano e 29 de março de 2009 no Museu de História Natural de Nova York, informou a instituição.
A missão Cassini-Huygens, promovida pela Nasa e pela Agência Espacial Européia, foi lançada em 15 de outubro de 1997 em Cabo Canaveral (Flórida), mas só entrou na órbita de Saturno sete anos depois.

A sonda espacial Cassini "obteve as imagens mais claras registradas, até agora, dos fenômenos atmosféricos de Saturno. Das violentas tempestades e nuvens até a complexa estrutura de seus famosos anéis e de suas numerosas luas", indicou o museu em comunicado. O museu nova-iorquino explicou que, desde que começou sua missão, a Cassini conseguiu descobrir 60 luas, em vez das 18 que inicialmente acreditava-se que Saturno tinha.

Em dezembro de 2004, a sonda Huygens se separou da nave mãe rumo a Titã, a lua gigante de Saturno, onde pousou em janeiro de 2005. Huygens sobreviveu apenas três horas às duras condições da maior lua de Saturno, o suficiente para transmitir informações sobre o satélite natural.

Enquanto isso, a sonda Cassini se instalou sem problemas em Saturno, de onde seguiu enviando dados. A exposição está dividida em quatro partes: uma sobre Saturno e sua atmosfera, outra sobre seus anéis, uma sobre Titã e Enceladus (luas geologicamente ativas de Saturno) e a última sobre os demais satélites naturais do planeta.

Os amantes do espaço também poderão ver, na mostra, maquetes das sondas espaciais Cassini-Huygens, segundo o museu nova-iorquino.


Fonte:Site Terra

Saturno: sonda encontra material orgânico em lua

A sonda Cassini, um projeto conjunto da americana Nasa e da Agência Nacional Européia, encontrou material orgânico primordial 20 vezes mais denso que o esperado em Encélado, uma das luas do planeta Saturno, revelou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).

Além de vapor d''água, dióxido de carbono e monóxido de carbono, o material foi detectado pelo espectrômetro de íon e massa neutra de Cassini durante uma aproximação com Encélado em 12 de março, disse em comunicado o órgão da agência espacial americana.

Os novos mapas da lua mostram que, na região do pólo sul de Encélado, as temperaturas são mais altas e os materiais orgânicos são similares aos que poderiam ser encontrados em um cometa, segundo o JPL.

"Uma surpresa, totalmente inesperada, é que a química de Encélado, que surge de seu interior, é parecida com a de um cometa", disse Hunter Waite, principal responsável pelo espectrômetro no South West Researsh Institute do Texas.

Segundo o cientista, o fato de que esse material provenha do interior de uma lua provoca muitas dúvidas em relação à formação do sistema de Saturno.

"Indubitavelmente, Encélado não é um cometa. Estes possuem caudas e giram em uma órbita solar. A atividade interna de Encélado provém de seu calor interno, enquanto que a de um cometa provém da luz solar", explicou Waite.

"Esta lua tem calor, água e material orgânicos, alguns dos quais são essenciais para o surgimento de vida", indicou Dennis Matson, cientista do projeto no JPL.

"Temos a receita da vida em nossas mãos, mas ainda não encontramos o ingrediente final, água em estado líquido", acrescentou Matson.

Porém, as probabilidades de que surja algum tipo de atividade biológica como conhecemos na Terra são mínimas porque em Encélado não há oxigênio e nem chega luz solar, indispensável para a fotossíntese.

No entanto, o organismo da Nasa manifesta que não é totalmente impossível, pois na Terra existem ecossistemas exóticos similares nos quais existe vida.

Como exemplo, cita os micróbios que sobrevivem com a energia proveniente da interação entre diferentes tipos de minerais.

Esse tipo de ecossistema independe completamente do oxigênio ou do material orgânico produzido pela fotossíntese na Terra.

"Estes extraordinários ecossistemas microbianos são modelos de uma vida que poderia estar presente em Encélado", afirma o JPL.

Em sua última aproximação a Encélado, a sonda Cassini passou a apenas 48 quilômetros da superfície da lua, e uma manobra similar está prevista para agosto deste ano.


Fonte:Site Terra