09/10/2007

EUA e Rússia voltarão à Lua até 2022, diz Nasa

O administrador da Nasa (agência espacial americana), Michael Griffin, considerou hoje possível que os Estados Unidos e a Rússia organizem uma missão conjunta à Lua em até 15 anos.

"Espero com impaciência a próxima década, quando retornaremos à Lua. Acho que veremos astronautas russos e americanos caminhando pela primeira vez juntos por atalhos poeirentos", disse Griffin em entrevista à emissora de rádio "Eco de Moscou".

O chefe da Nasa acrescentou que "nos próximos 10 ou 15 anos acredita ser possível uma viagem à Lua no marco de um projeto internacional, como ocorre agora com o programa da Estação Espacial Internacional (ISS)".

Griffin explicou que sob os pontos de vista econômico e científico os projetos internacionais são mais vantajosos que os nacionais, e lembrou que a partir da década de 1980 a URSS desenvolveu seu programa de estações espaciais, enquanto os EUA impulsionavam o de naves.

"Em 1995 unimos esses projetos no programa ''Mir-Shuttle'', e construímos juntos a ISS, o que acabou sendo vantajoso para ambas as partes", comentou.

A futura construção das estações lunares, detalhou, deve ser feita da mesma forma como no caso da conquista da Antártida, quando no continente gélido primeiro apareceram bases científicas da URSS e dos EUA, e depois de outros países.

Segundo Griffin, a Nasa desenvolve uma nave espacial de nova geração - Orion - que poderia estar pronta até 2015.

O chefe da agência espacial americana também confirmou que estuda a possibilidade de uma viagem a Marte que, caso venha a se tornar realidade, deve retomar trabalhos para a criação de um propulsor nuclear.

"Não acho que nos próximos anos apareçam novos tipos de combustível e motores. Por isso, acho que a próxima etapa na criação de veículos espaciais será o desenho de um propulsor nuclear, dentro de uma eventual missão a Marte", expressou.

Griffin disse que, após a confirmação da presença de reservas de água congelada sob a superfície desse planeta, "não seria de estranhar que encontremos lá formas de vida, antigas ou modernas, mas, claro, diferentes de tudo que conhecemos".


Fonte:Site Terra

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