30/10/2007

Cometa brilha muito e já mostra sinais de cauda

O diâmetro do cometa 17P/Holmes parece ficar maior a cada dia e pode ser visto com tanta facilidade que até mesmo uma criança é capaz de apontar sua direção. A foto abaixo, feita por Laurent Laveder, da cidade de Quimper, na França, mostra exatamente isso. "O cometa brilha tanto que achá-lo no céu virou brincadeira de criança", disse Laveder.

Não se sabe até quando o brilho de 17p/Homes continuará aumentando e nem que magnitude atingirá nos próximos dias. Essa é a segunda vez que o cometa entra em processo de outburst, nome que se dá à explosão de brilho verificada. O fenômeno ocorreu pela primeira vez em 1892 e permitiu que o astro fosse descoberto pelo inglês Edwin Holmes.

Desde que entrou em outburst, no último dia 24, Holmes se apresentou praticamente esférico, semelhante a um planeta com atmosfera, mas parece que as coisas estão mudando e algumas fotos já mostram o que a maioria dos observadores espera: a cauda do cometa.



Apesar de ainda não ser possível de vê-la à vista desarmada, uma tênue cauda já pode ser detectada em exposições fotográficas de curta duração. A imagem acima, feita por Pete Lawrence, de Selsey, Inglaterra, é uma superposição de 9 imagens feitas com 5 minutos de exposição cada uma, resultando em uma imagem equivalente a 45 minutos de exposição. "A cauda é extremamente fraca, mas já pode ser notada na direção nordeste da coma", disse Lawrence.

O cometa

17p/Holmes é um cometa periódico, que visita a Terra a cada 6.88 anos e neste momento sua distância do nosso planeta é de 1.627 UA ou 242 milhões de quilômetros.




O motivo do outburst ainda é desconhecido, mas existem evidências de que alguns cometas e asteróides tenham uma estrutura interna em forma de poros, semelhantes a um queijo suíço ou favos de mel, que ao se romperem repentinamente, lançam ao espaço milhares de quilômetros quadrados de material gelado. Esse material, ao receber a luz solar entra em sublimação, produzindo enormes jatos de gás, que por sua vez criam a aparente nuvem vista ao redor do cometa.


No Brasil
Para localizar o cometa 17p/Holmes é só usar a carta celeste mostrada abaixo. Ela mostra a visão que um observador tem ao olhar para o Norte às 02h00 da madrugada, mas nada impede que possa ser visto antes e depois desse horários, desde que a constelação esteja acima do horizonte.



Esses dias o tempo não tem ajudado muito, mas se as nuvens permitirem, experimente fazer algumas observações. Se conseguir fotografar o cometa, melhor ainda. Envie sua foto que a publicaremos em nossa galeria, exatamente como fez o astrônomo Valmir Morais, de Juazeiro do Norte, CE, que captou diversas fotos do cometa.


Fonte:Apolo11.com

Astrônomos encontram centenas de buracos negros


Um grupo de astrônomos descobriu centenas de buracos negros escondidos em galáxias a bilhões de anos-luz de distância da Terra. A descoberta, realizada por meios dos telescópios Spitzer e Chandra, da Nasa, representa uma grande fração de uma população de buracos negros muito procurada por especialistas.

"Buracos negros supermassivos ativos estavam em todo o lugar no começo do Universo", disse Mark Dickinson, do National Optical Astronomy Observatory, em Tucson, nos Estados Unidos. "Até agora, nós tínhamos visto uma ponta do iceberg. Agora, nós podemos ver o iceberg inteiro", completou.

Isso significa que, no momento em que o Universo ainda era um jovem em crescimento, havia centenas de milhões de buracos negros se desenvolvendo, mais do que o dobro do total conhecido. As descobertas são também a primeira evidência direta de que a maioria das galáxias passaram suas juventudes construindo monstruosos buracos negros em seus centros.

Quasares

Essas estruturas energéticas pertencem a uma classe de buracos negros denominada quasar. Um quasar consiste em uma nuvem de gás que circunda a alimenta um buraco negro supermassivo. À medida que a poeira e o gás são devorados, energia e raios-x acabam sendo liberados. São esses raios que permitem localizar um quasar, já que a poeira o gás bloqueia a visão direta.

"Nós sabemos de outros estudos que deveria existir mais quasares no Universo, mas não sabíamos, até agora, onde encontrá-los", disse Emanuele Daddi, membro do Comissariado de Energia Atômica da França, e líder do estudo. Daddi e sua equipe começaram a estudar mil galáxias supermassivas onde se pensava não existir quasares.

Essas galáxias têm mais ou menos a mesma massa da Via Láctea, mas com uma forma irregular. Localizadas a cerca de 9 a 11 bilhões de anos-luz de distância da Terra, elas já existiam no momento em que o Universo estava na adolescência, entre 2,5 e 4,5 bilhões de anos atrás.


Fonte:Site Terra

Imagem curiosa: um jacto extragalático


Emanando a alta velocidade a partir do centro da galáxia M 87, este jato cósmico é um dos fenómenos mais espetaculares da Natureza. Constituído por eletrons e outras partículas subatómicas, este jato, que se desloca quase à velocidade da luz, é alimentado por um buraco negro que reside no centro da galáxia. Numa primeira análise, M 87, também conhecida por NGC 4486, parece ser uma galáxia elíptica gigante normal. Contudo, desde 1918 que se notou a existência de um "raio de luz curioso", emanando do centro de M 87. Na década de 50, quando o ramo da radioastronomia se encontrava em desenvolvimento, foi descoberta uma fonte de rádio extremamente forte associada a M 87 e ao seu jato. Após décadas de investigação, descobriu-se que a fonte desta atividade intensa é um buraco negro colossal no centro da galáxia, com uma massa de aproximadamente 2 mil milhões de massas solares. M 87 situa-se a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância. Apesar de bastante distante, o seu jacto extragalático é o mais bem conhecido e estudado.

Fonte:Portal do Astronomo

Imagem do Dia: NGC 300 vista pelo GALEX


Esta imagem da galáxia espiral NGC 300 foi obtida pelo Galaxy Evolution Explorer (GALEX). NGC 300 encontra-se a cerca de 7 milhões de anos-luz de distância e faz parte de um grupo de galáxias situadas na direcção da constelação do Escultor. As estrela vermelhas visíveis na imagem são estrelas da nossa própria galáxia que se encontram na direcção de observação. Esta imagem de ultravioleta mostra que NGC 300 está a formar estrelas ao longo de toda a sua extensão. O GALEX um telescópio espacial lançado pela NASA em 2003 com o objetivo de observar Universo na banda do ultra-violeta.

Fonte:Portal do Astronomo

18/10/2007

Nasa confirma lançamento da Discovery para o dia 23

A Agência Espacial Americana confirmou o lançamento do ônibus espacial Discovery para a próxima terça-feira, dia 23. A missão deve durar 14 dias e tem como objetivo continuar a construção da Estação Espacial Internacional (ISS). A missão vai incluir cinco caminhadas espaciais e levará o módulo Harmony 2 à ISS. O módulo Harmony 2 vai aumentar o espaço interior do laboratório orbital.

Segundo Wayne Hale, diretor das missões da Nasa, afirmou em entrevista que "esta será uma missão muito complicada. Estamos prontos e por enquanto tudo está funcionando perfeitamente".

O lançamento está previsto para as 13h38, horário de Brasília, do dia 23 de outubro. Na semana passada, o Centro de Engenharia e Segurança da Nasa recomendou a substituição de 3 dos 44 painéis térmicos nas asas da Discovery.

A comandante da missão será Pamela Melroy, de 46 anos, piloto aposentada da Força Aérea, com mais de 200 horas de vôo em missões de combate durante a primeira Guerra do Golfo.

Farão parte da missão ainda o italiano Paolo Ángelo Néspoli, de 50 anos, astronauta da Agência Espacial Européia, a especialista Stéphanie Wilson, e os astronautas George Zamka, Scott Parazynski, Douglas Wheelock e Daniel Tani.




Fonte:Apolo11.com

Em busca de ET´s, radiotelescópio Allen entra em operação


Praticamente ninguém duvida que possa existir vida em algum local do universo. Existem centenas de milhares de galáxias e a possibilidade de haver vida, mesmo que microscópica, em algum planeta distante é muito grande. No entanto, até agora nada foi achado.

Se encontrar vida microscópica é tão difícil, imagine então tentar encontrar vida inteligente. É uma tarefa quase impossível, mas os esforços para tentar detectar algum sinal emitido de algum local do espaço não param e têm consumido o tempo de diversos pesquisadores, e por que não dizer, muitos milhões de dólares também.

Na tentativa de aumentar a capacidade de busca de sinais extraterrestres, começou a operar ontem na Califórnia, EUA, o Radiotelescópio Allen, também chamado de ATA, que deverá ajudar os cientistas do projeto SETI nesta hercúlea tarefa.

O radiotelescópio entrou em operação com 42 antenas de seis metros de diâmetro cada uma, mas quando completamente construído formará um gigantesco arranjo de 350 antenas parabólicas apontadas para o céu.

O ATA é o primeiro radiotelescópio dedicado exclusivamente ao Projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por inteligência Extraterrestre) e leva o nome de Radiotelescópio Allen em homenagem ao maior financiador de sua construção, o co-fundador da Microsoft, Paul Allen.


Na busca por sinais extraterrestres o Projeto SETI tem usado o tempo ocioso de diversos radiotelescópios espalhados pelo mundo, como Arecibo, em Porto Rico. Isso não permite uma observação sistemática, já que os equipamentos também são usados com outras finalidades.

Com a entrada em operação do ATA as coisas devem mudar, permitindo monitoramento dos sinais que chegam do espaço durante 24 horas por dia. "Esta é a primeira vez que teremos um radiotelescópio só para nós e principalmente, com as características que determinamos", disse Jill Tarter, um dos diretores do Projeto SETI.

O ATA vai monitorar freqüências entre 1 e 10 gigahertz, uma região do espectro eletromagnético praticamente livre da interferência de outras fontes de ruído, como as emissões vindas de elétrons em movimento ao redor dos campos magnéticos das galáxias. Segundo Tarter, "a única fonte de ruído será a radiação cósmica de fundo", se referindo à radiação remanescente do Big Bang, cujo sinal vem sendo continuamente estudado.

Apesar de ser desenvolvido na tentativa de estudo de sinais inteligentes, o ATA também será usado para pesquisas em astrofísica, já que possui largo campo de visão, tornando-o ideal para observações do céu em larga escala. "Enquanto o ATA estiver sendo usado na pesquisa astronômica, poderá, simultaneamente, captar os sinais das estrelas naquela direção", disse Jack Welch, professor da Universidade da Califórnia e projetista do sistema de recepção do ATA.

Cada uma das antenas que compõe o radiotelescópio tem um custo aproximado de 100 mil dólares. "Ainda estamos buscando outros investidores para construir mais antenas. Quem estiver interessado poderá doar uma ou duas e colocar o próprio nome nelas" disse Welch.

Alguém se habilita?


Fonte:Apolo11.com

Descoberto maior buraco negro junto a uma estrela

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um buraco negro que, com uma massa 16 vezes superior à do Sol, se transformou no maior já observado junto a uma estrela com grande massa e o primeiro conhecido em um sistema binário eclipsante.
Segundo um artigo publicado hoje na revista científica britânica Nature, os cientistas descobriram este sistema binário, formado por um buraco negro e por uma estrela com grande massa, na espiral da Galáxia do Triângulo (também conhecida como M33), a cerca de 3 milhões de anos-luz da Terra.

Em um sistema binário eclipsante, as duas estrelas que o formam têm um plano orbital orientado em direção à Terra, de tal modo que, da perspectiva terrestre, sofrem eclipses e trânsitos mútuos.

Graças ao telescópio Gemini North, a equipe observou a passagem de uma estrela gigante em frente ao buraco negro. Com um peso 70 vezes maior que a massa solar, a estrela se tornou também a maior visualizada por um telescópio deste tipo.

Durante este período de tempo, a estrela ofuscou a emissão de raios-X do buraco negro, o que permitiu que a equipe calculasse as massas dos dois com uma precisão maior.

Os sistemas binários de raios-X recebem esta denominação por serem formados por uma estrela de nêutrons ou um buraco negro que recebe gás continuamente de uma estrela "normal" que gira em torno dele. Este gás se aquece tanto que passa a emitir raios-X.

Os pesquisadores qualificaram a descoberta de "extraordinária", porque os modelos que explicam a formação de buracos negros a partir de estrelas com grandes massas até agora não tinham demonstrado que podem alcançar dimensões superiores 10 vezes à massa solar.


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Eclipse triplo em Júpiter


Esta imagem em cor falsa do planeta Júpiter regista a ocorrência de um eclipse triplo, um evento relativamente raro, mesmo para um planeta gigante com muitas luas. A imagem, obtida pela câmara de infravermelhos do Telescópio Espacial Hubble, mostra as sombras dos satélites Ganimedes (à esquerda da imagem), Calisto (à direita) e Io (ao centro). O próprio Io é visível como uma pequena mancha branca perto do centro da imagem, estando o azulado Ganimedes por cima, à sua direita. Calisto está demasiado à direita, fora do campo de visão da imagem.

Fonte:Portal do Astronomo

16/10/2007

Astrônomos destacam teorias sobre água em cometas

As teorias dos astrônomos e cientistas sobre a possível procedência de água de cometas e asteróides foi um dos temas em destaque da 39ª Conferência Anual de Ciências Planetárias que terminou neste sábado em Orlando (Flórida).

"Pode ser que a água da terra provenha dos cometas e os asteróides como sugerem os estudos", disse à agência Efe o professor Humberto Campins, líder e fundador do Grupo de Ciências Planetárias da Universidade da Flórida Central, anfitriã do evento, e diretor da conferência.

Campins destacou que é impactante para a ciência "o uso de técnicas infravermelhas para estudar os cometas e sua possível contribuição para a origem de água e das moléculas orgânicas na Terra".

Cerca de mil astrônomos dos Estados Unidos, América Latina e Europa assistiram à conferência para trocar impressões e compartilhar os últimos resultados científicos no estudo do sistema planetário.

A conferência serviu também para apresentar planos futuros de pesquisa e buscar estratégias que atraiam mais mulheres e crianças para o campo da astronomia, explicou o professor Campins.

Os astrônomos apresentaram, entre outros, os resultados sobre as investigações das luzes curvas dos cometas, as luas de gelo do planeta Saturno, a composição mineralógica dos meteoritos, o desenvolvimento de novas tecnologias de naves espaciais para explorar o sistema solar no futuro, os asteróides, e a existência de planetas fora do sistema solar.

Os cientistas da Nasa explicaram a contribuição dessa agência espacial para o desenvolvimento da astronomia e suas pesquisas científicas.

Destacaram o trabalho realizado pela Divisão de Ciência Planetária da Nasa e seu desenvolvimento de tecnologias "prontas para voar agora ou nos próximos dois anos e que serão usadas na prospecção do sistema solar em missões futuras", segundo Dave Lavere, diretor dessa divisão da Nasa.

Embora tenha acontecido grandes avanços na ciência ainda resta muito para ser descoberto em astronomia, assegurou à Efe a astrônoma espanhola Julia de León.

"Avançamos muito, especialmente durante os últimos 50 a 75 anos, que foram os mais importantes, após instalar potentes telescópios que permitem investigações mais profundas do sistema solar", disse de León.

A ciência planetária é o estudo de todos os objetos e processos planetários de sistemas que não estão relacionados com a estrela central de um sistema solar, e é um conjunto de ciências na qual além da astronomia convergem a química, geofísica, meteorologia e a biologia, explicou o professor Campins.


Fonte:Site Terra

Nasa estende vida útil de seus veículos em Marte

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira, que estendeu pela quinta vez a missão científica em Marte dos veículos exploradores Spirit e Opportunity.
Ambos desceram sobre a superfície do planeta em janeiro de 2004 e se considerou que eles deixariam de funcionar depois de 90 dias.


"Depois de mais de três anos e meio, o Spirit e o Opportunity estão mostrando sinais de envelhecimento, mas gozam de 'boa saúde' e são capazes de realizar um grande trabalho científico", disse John Calas, diretor do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.

Os veículos de seis rodas independentes posaram em extremos opostos do planeta e um de seus primeiros sucessos foi a confirmação de que Marte teve água em seu passado remoto.

"Estamos muito felizes de poder aumentar a prospecção de Marte. Os veículos exploradores são incríveis e continuam produzindo resultados e funcionando além de sua vida útil prevista", assinalou Alan Stern, administrador adjunto da missão.

Neste momento, o Opportunity está descendo por uma das encostas da cratera Victoria, enquanto o Spirit se encontra em uma planície vulcânica a quase 10 km de seu ponto de aterrissagem.

Os dois veículos contam com instrumentos para analisar a constituição geológica e a atmosfera do planeta. Além disso, transmitiram à Terra centenas de milhares de fotografias da paisagem marciana.


Fonte:Site Terra

Sonda descobre origem de vapor em lua de Saturno


A Nasa, agência espacial americana, divulgou imagens captadas pela sonda espacial Cassini do vapor produzido pelos gêiseres existentes na superfície de Encélado, uma das luas de Saturno, informou nesta terça-feira a agência EFE. Cientistas descobriram que a emanação provém das quatro grandes grutas encontradas no satélite.

Os gêiseres são erupções de água quente ou vapor que são lançadas para o ar no sentido vertical.

A descoberta foi feita pelos pesquisadores Joseph Spitale e Carolyn Porco, do Instituto de Ciência Espacial dos EUA. Após analisarem imagens feitas pela Cassini durante dois anos, eles concluíram que o vapor é produzido nas quatro grutas, denominadas Alejandría, El Cairo, Bagdá e Damasco.

Os gases são compostos por uma mistura de substâncias como o nitrogênio, metano, CO2 (dióxido de carbono), propano, acetileno e água.

"Descobrimos que os gêiseres são lançados nestas quatro aberturas e a maior quantidade de vapor se concentra nas grutas de Bagdá e Damasco, afirmaram os cientistas. Segundo eles, os gases são lançados em um plano vertical muito parecido e próximo entre si.

As aberturas se localizam no pólo sul da Encélado, região onde são registradas as temperaturas mais altas da lua. O calor, que não se manifesta no pólo norte, corresponde a energia gerada pela fricção do gelo nas quatro falhas, com um movimento de fechar e abrir, similar ao de uma gaita.

Lançada em 1997, a Cassini-Huygens é a primeira missão espacial dedicada à exploração de Saturno. É uma operação conjunta entre a Nasa e a Agência Espacial Européia (ESA).


Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: Marte - Verão no Pólo Sul


Esta fotografia obtida pela sonda Mars Global Surveyor em Abril de 2000 mostra o aspecto do Pólo Sul de Marte durante o Verão. Se fosse Inverno ou início da Primavera, toda esta imagem estaria coberta de gelo. Embora se trate de uma imagem obtida durante o Verão, observações efectuadas pelas sondas Viking na década de 70 mostraram que o Pólo Sul de Marte se mantém suficientemente frio para conservar um manto de gelo de dióxido de carbono. O dióxido de carbono congela a temperaturas de cerca de -125ºC. A cena é iluminada pelo Sol, que se põe na direcção do canto superior esquerdo da imagem, e o diâmetro da calote polar é de cerca de 420 quilômetros.

Fonte:Portal do Astronomo

11/10/2007

Enxame de sondas espaciais espelhadas poderá livrar Terra do impacto de asteróides


A forma mais eficiente de livrar a Terra da colisão catastrófica de um asteróide pode estar em um enxame de pequenos espelhos. Operando de forma coordenada, essas pequenas sondas espaciais criariam um poderoso foco de luz sobre o asteróide, fundindo sua superfície e criando uma espécie de "vulcão artificial".

Impacto de asteróides

O material evaporado da superfície do asteróide geraria um empuxo, funcionando como se fosse um foguete instalado na superfície e alterando a órbita do NEO (Near Earth Object).

"O impacto de asteróides é uma ameaça real. A explosão de Tunguska em 1908 devastou uma área maior do que a Grande Londres. Com apenas 10 espaçonaves voando em formação, cada uma com um espelho de 20 metros, nós podemos desviar um asteróide de tamanho similar para uma órbita segura em cerca de seis meses," diz o pesquisador Massimiliano Vasile.

O Dr. Vasile e seus colegas da Universidade de Glasgow, na Escócia, compararam nove métodos hoje tido como promissores para o desvio de asteróides em rota de colisão com a Terra. E os resultados mostram que uma frota de pequenas sondas espaciais dotadas de espelhos é a melhor delas.

Concentrador solar

O método é conhecido tecnicamente como concentrador solar e sua grande vantagem é que ele depende de poucos avanços tecnológicos, podendo ser construído nos próximos 20 anos. O principal desafio está no desenvolvimento dos softwares que permitam o controle preciso do vôo em formação de sondas espaciais.

As diversas sondas deverão se posicionar corretamente e de forma autônoma, com uma precisão que permita que a luz refletida pelos espelhos de todas elas concentrem-se no mesmo ponto na superfície do asteróide, gerando uma temperatura capaz de fundir a rocha, o que causará a evaporação do material.

As rochas que formam um asteróide típico fundem-se ao redor de 2.100º C. Para atingir essa temperatura, os satélites deverão gerar um foco conjunto em uma área de sua superfície medindo de 0,5 a 1,5 metro.

Formatos de espelhos

Os cientistas estudaram a utilização de diversos tipos de espelhos, desde um único espelho plano e refletores parabólicos dotados de lentes para concentração da luz, até uma frota de milhares de pequenos satélites dotados de espelhos direcionais.

As configurações de espelho único não se mostraram funcionais. Mas os pesquisadores descobriram que um asteróide de 150 metros de diâmetro poderá ser desviado por uma frota de 100 espelhos em poucos dias. Para um asteróide do tamanho do que causou a cratera de Chicxulub, que se acredita ter causado a extinção dos dinossauros, seria necessário uma frota de 5.000 pequenos satélites espelhados, operando por um período entre três e quatro anos.


Fonte:Inovação Tecnológica

Imagem do Dia: Cometa Halley


O cometa Halley foi fotografado em 1986 em frente do disco da nossa galáxia Via Láctea pelo Kuiper Airborne Observatory. O cometa Halley é o objecto branco brilhante visível no centro da imagem. Este cometa é o mais famoso dos cometas conhecidos, retornando ao Sistema Solar interior de 76 em 76 anos. As estrelas da nossa galáxia visíveis na imagem giram em torno do centro da Via Láctea, completando uma orbita ao fim de 250 milhões de anos. Pensa-se que devem existir milhões de cometas a orbitar o Sol, mas a maior parte deles não se aproxima o suficiente para que possam ser vistos por nós a partir da Terra. O Kuiper Airborne Observatory consistia num avião da NASA que voava nas camadas altas da atmosfera com um telescópio de infravermelhos a bordo. O KAO terminou a sua missão em Outubro de 1995 ao fim de 20 anos de observações.

Portal do Astronomo

10/10/2007

Sonda mostra estranha aparência em lua de Saturno


A misteriosa aparência de Jápeto, uma das luas de Saturno, que fascinou os astrônomos durante três séculos por sua imagem em preto e branco, sem tons de cinza, pode ter sido causada pelo derretimento de seu manto de gelo, informou hoje a Nasa.

A sonda espacial Cassini-Hyugens, que passou em setembro perto do satélite - descoberto por Giovanni Domenico Cassini em 1671 - enviou imagens da superfície de Jápeto com suas formações claramente diferenciadas entre o preto e o branco.

As imagens sugerem que a radiação do Sol derrete o gelo em um lado de Jápeto, o qual deixa a superfície escura dessa lua descoberta, enquanto que a outra metade conserva seu recobrimento com mistura de gelo, que reflete a luz.

Jápeto é o oitavo satélite mais distante de Saturno e o terceiro em tamanho, após Titã e Rea, com um diâmetro de cerca de 1.500 km. O satélite orbita Saturno a cada 79,33 dias, a uma distância média de 3,6 milhões de km.

A face "frontal" de Jápeto, ou seja, a que encara a direção de sua órbita, é vista escura como piche, enquanto que a face oposta aparece resplandecente como neve.

"Apesar de haver muitos detalhes que devemos esclarecer e compreender, achamos que agora sim entendemos a essência de por que Jápeto é visto desta forma", disse Carolyn Porco, que dirige a equipe de análise de imagens no Instituto de Ciências Espaciais em Boulder, Colorado.

Os astrônomos acham que a aparência de Jápeto se deve a um duplo processo. Em primeiro lugar, à medida que Jápeto orbita em torno de Saturno, sua "face frontal" recolhe uma magra camada de material escuro, pó que se desprende das luas exteriores, o qual acentua a absorção de luz solar.

À medida que a superfície escura se aquece, a taxa de evaporação aumenta até que finalmente toda a superfície de gelo nessa região se derrete. As observações feitas com raios infravermelhos com a Cassini confirmam que o material poeirento e escuro tem uma temperatura de 146ºC negativos, suficiente para que o vapor de água do gelo seja liberado.

Por sua vez, o vapor de água assim formado se condensa no lugar frio mais próximo, como em torno das regiões polares e nas áreas geladas em latitudes mais baixas, sobre o "lado de trás" da lua. Dessa maneira o material escuro perde sua mistura de gelo e torna-se ainda mais escuro enquanto que o material resplandecente acumula gelo e fica mais brilhante.

Fonte:Site Terra

Sonda japonesa libera satélite e envia imagens da Lua

Tudo parece funcionar perfeitamente bem com a sonda japonesa Kaguya de exploração lunar e ao que tudo indica, em breve deveremos ter os primeiros dados científicos coletados pelas sondas.




A missão Kaguya, também chamada de Selene, é composta de um satélite principal e mais dois satélites de apoio. Um deles deverá fazer uma parte do sensoriamento remoto lunar enquanto o outro fará medidas do campo magnético e gravitacional, além de servir de retransmissor de sinais entre o complexo orbital e a Terra.

Para felicidade geral dos cientistas do projeto, na noite de ontem, 08/10, a agência espacial japonesa, JAXA, confirmou a separação de um dos satélites secundários, o Rstar, que inicialmente deverá desempenhar as funções de repetidor de sinais. A separação ocorreu conforme planejado, às 21h36 pelo horário de Brasília e segundo as autoridades nipônicas os sistemas estão funcionando corretamente.



Além de desempenhar as funções de comunicação entre o conjunto de satélites, o Rstar será o primeiro equipamento a efetuar medições do lado oculto da Lua, além de coletar dados altamente precisos da gravidade lunar. Para isso o Rstar contará com a ajuda do segundo satélite - VRAD - ainda preso ao corpo do satélite principal e que carrega a bordo o instrumento VLBI, de interferometria de longa distância.

Se tudo ocorrer como planejado, o VRAD deverá se separar do corpo de Kaguya no próximo dia 12.


Fotos: A primeira cena mostra o limbo lunar, próximo a 80 graus de latitude norte, visto através de câmera on-board usada para monitoramento da da antena de alto ganho, vista na foto em primeiro plano. No momento da cena Kaguya estava a apenas 800 km da superfície lunar. A segunda cena foi feita de uma distância de 1200 km da superfície.


Fonte:Apolo11.com

09/10/2007

Imagem do Dia: Superbolha N 70


N 70, também catalogada como Henize 70, é uma "superbolha" na Grande Nuvem de Magalhães - uma galáxia satélite da Via Láctea, localizada no céu do sul a uma distância de cerca de 160 000 anos-luz. N 70 é uma bolha luminosa de gás interestelar, com aproximadamente 300 anos-luz de diâmetro. Deve a sua origem a ventos oriundos tanto de estrelas quentes de elevada massa, como de explosões de supernovas. O seu interior é constituído por gás quente, pouco denso, em expansão. O estudo de objectos como N 70 permite explorar a conexão entre os ciclos de vida das estrelas e a evolução das galáxias. Estrelas de massa elevada, com massas pelo menos dez vezes superiores à massa do Sol, têm uma grande influência no meio que as envolve. São responsáveis pelo enriquecimento químico do gás interestelar a partir do qual novas gerações de estrelas e sistemas estelares se formarão. Esta imagem foi obtida com a câmara de CCD FORS2 em Novembro de 1999 no observatório Paranal, no Chile.


Fonte:Portal do Astronomo

EUA e Rússia voltarão à Lua até 2022, diz Nasa

O administrador da Nasa (agência espacial americana), Michael Griffin, considerou hoje possível que os Estados Unidos e a Rússia organizem uma missão conjunta à Lua em até 15 anos.

"Espero com impaciência a próxima década, quando retornaremos à Lua. Acho que veremos astronautas russos e americanos caminhando pela primeira vez juntos por atalhos poeirentos", disse Griffin em entrevista à emissora de rádio "Eco de Moscou".

O chefe da Nasa acrescentou que "nos próximos 10 ou 15 anos acredita ser possível uma viagem à Lua no marco de um projeto internacional, como ocorre agora com o programa da Estação Espacial Internacional (ISS)".

Griffin explicou que sob os pontos de vista econômico e científico os projetos internacionais são mais vantajosos que os nacionais, e lembrou que a partir da década de 1980 a URSS desenvolveu seu programa de estações espaciais, enquanto os EUA impulsionavam o de naves.

"Em 1995 unimos esses projetos no programa ''Mir-Shuttle'', e construímos juntos a ISS, o que acabou sendo vantajoso para ambas as partes", comentou.

A futura construção das estações lunares, detalhou, deve ser feita da mesma forma como no caso da conquista da Antártida, quando no continente gélido primeiro apareceram bases científicas da URSS e dos EUA, e depois de outros países.

Segundo Griffin, a Nasa desenvolve uma nave espacial de nova geração - Orion - que poderia estar pronta até 2015.

O chefe da agência espacial americana também confirmou que estuda a possibilidade de uma viagem a Marte que, caso venha a se tornar realidade, deve retomar trabalhos para a criação de um propulsor nuclear.

"Não acho que nos próximos anos apareçam novos tipos de combustível e motores. Por isso, acho que a próxima etapa na criação de veículos espaciais será o desenho de um propulsor nuclear, dentro de uma eventual missão a Marte", expressou.

Griffin disse que, após a confirmação da presença de reservas de água congelada sob a superfície desse planeta, "não seria de estranhar que encontremos lá formas de vida, antigas ou modernas, mas, claro, diferentes de tudo que conhecemos".


Fonte:Site Terra

07/10/2007

Americanos constroem "puxadinhos" astronômicos


Na pitoresca cidade costeira de Gloucester, Massachusetts, em Cape Ann, uma casa de madeira cinzenta se destaca das demais. Ela tem um grande domo branco montado no topo, dotado de uma porta deslizante que se abre para o céu, e abriga um poderoso telescópio. "Minha mulher conseguiu a vista do oceano que ela desejava, e eu minha vista do céu", disse o Dr. Mario Motta, 55 anos, cardiologista e entusiasta da astronomia, sobre a casa que eles construíram três anos atrás.

Em um momento no qual a astronomia amadora está se tornando cada vez mais popular, graças em parte à disponibilidade de equipamento de alta tecnologia como câmeras digitais que filtram a contaminação de imagens pela luz, Motta e sua mulher, Joyce, estão entre o grande número de norte-americanos que começaram a incorporar observatórios às suas casas, novas ou reformadas.

Os fabricantes dos domos para observatórios reportam alta em suas vendas para residências, e novas comunidades residenciais estão sendo desenvolvidas com a opção de incluir reservatórios em suas plantas.

"À medida que os norte-americanos da geração baby boom (os nascidos entre 1946 e 1964) e milionários do setor de tecnologia começam a se aposentar, eles procuram hobbies desafiadores como a astronomia, e dispõem de dinheiro suficiente para bancar a construção de observatórios pessoais", disse Richard Olson, presidente da Ash Manufacturing, de Plainfield, Illinois, que produz domos de aço para observatórios.

Seus clientes costumavam estar limitados a instituições acadêmicas e de pesquisa, mas nos últimos cinco anos, disse ele, há mais proprietários de residências fazendo encomendas, e hoje em dia 25% de suas vendas são destinadas a pessoas como Steve Cullen, 41 anos, vice-presidente sênior da Symantec que decidiu se aposentar e construir uma casa e um observatório em um terreno de 76 hectares em Rodeo, Novo México.

Cullen disse ter escolhido o local porque "ele oferece os céus mais escuros e o tempo mais claro para fotografia espacial que pode ser encontrado nos Estados Unidos". A maior parte dos telescópios sofisticados, hoje, permite o uso de câmeras digitais.

Ele estima um custo total de US$ 340 mil para o observatório, que ainda está em construção. Do montante, US$ 225 mil serão destinados à compra do telescópio, mas o seu observatório é um dos mais sofisticados.

Motta também fotografa o espaço profundo do observatório de sua casa, e posta suas imagens de galáxias distantes online, além de publicá-las em revistas de astronomia.

Ele mesmo construiu seu telescópio, que pesa bem mais de 450 kg, e seria complicado levá-lo para fora caso ele não dispusesse do observatório. E, como a maioria dos telescópios sofisticados, o dele precisa pelo menos de uma hora de cuidadosa calibragem caso seja movido.

"O motivo para que as pessoas não usam seus telescópios é que eles dão muito trabalho para transportar e montar", disse John Spack, 50 anos, um contador que montou um domo de observatório no telhado de sua casa em Chicago, que foi reformada no ano passado. "Agora, se desejo me levantar às três da manhã e observar alguma coisa, basta abrir o visor".

Como os observatórios de institutos de pesquisa e museus, a maioria dos domésticos agora estão equipados de computadores que controlam a rotação do domo de modo que o telescópio seja orientado na direção exata daquilo que o astrônomo deseja observar.

Assim que um ponto no espaço for fixado, o domo continua a girar lentamente de maneira a compensar a rotação da Terra, de modo que o objeto em observação não escape do campo.

"É completamente automatizado, de alta tecnologia", disse Spack, que estimou ter gasto pelo menos US$ 100 mil para construir e equipar seu observatório. Muitos observatórios domésticos também permitem que observadores remotos acompanhem aquilo que o telescópio estiver observando, de qualquer lugar em que disponham de uma conexão com a Internet.

Roy e Elise Furman, proprietários de uma empresa de software, observam o cosmos pelo telescópio do observatório de sua casa de férias em Portal, Arizona, tanto quando estão lá quanto de sua residência principal, em Filadélfia.

"Os céus de Filadélfia têm tanta contaminação de luz que nós ficávamos deprimidos quando tentávamos fazer astronomia", disse Elise Furman, 48 anos. Por isso, os dois compraram a casa em Portal, localizada a cerca de 15 km de Rodeo e parte de um condomínio chamado Arizona Sky Village, criado em 2003.

Metade das 15 casas em estilo regional dispõe de observatórios com domos, e há cinco outras casas equipadas com observatórios em construção. "Somos todos astrônomos amadores dedicados, e passamos o tempo no meio do nada observando o céu com nossos telescópios", disse Roy Furman, 57 anos.

Outros condomínios com a astronomia como tema incluem o Deerlick Astronomy Village, em Sharon, Geórgia, cerca de 160 km a leste de Atlanta, estabelecido em 2004, e o Chiefland Astronomy Village em Chiefland, na costa oeste da Flórida, que foi criado em 1985 como um local no qual astrônomos amadores podiam comprar ou alugar terras para acampar. Nos últimos cinco anos, diversas casas equipadas com domos de observação foram construídas no local.

Essas comunidades encorajam a construção de domos residenciais, mas em outros locais as pessoas "encontram problemas devido a restrições de zoneamento", disse Jerry Smith, presidente da Technical Innovations, produtora de domos em Maryland. A empresa foi criada em 1991, e inicialmente atendia universidades e agências do governo, mas desde 2002 consumidores individuais respondem por 60% de seus 1,4 mil domos vendidos.


Fonte:Astronomia no Zênite

Imagem do Dia: Europa vista por Galileu


Não, não se trata de uma imagem de um intrincado sistema de vasos sanguíneos obtida com um microscópio electrónico. Trata-se de uma imagem em cor falsa de uma região da lua de Júpiter, Europa, obtida pela sonda Galileu da NASA. Nela é visível a superfície gelada de Europa coberta de múltiplas fissuras existentes no gelo, aqui representadas em vermelho. A origem destas fissuras é ainda uma incógnita, mas pensa-se que variações na tensão do gelo devido à gravidade e a mudanças na temperatura deverão estar por detrás destas formações. A imagem composta foi obtida através de imagens captadas nos comprimentos de onda 989, 757 e 559 nanómetros. A área coberta corresponde a cerca de 1260 km de extensão. A sonda Galileu entrou na órbita de Júpiter em Dezembro de 1995 com o objectivo de conduzir estudos detalhados do planeta gigante Júpiter e das suas luas. Galileu terminou a sua missão no passado dia 21 deste mês, tendo esgotado o seu combustível e desintegrado-se na atmosfera de Júpiter.

Fonte:Portal do Astronomo

05/10/2007

Peru: meteorito pode virar patrimônio nacional


O Instituto Geofísico do Peru pediu às autoridades que a cratera e os restos do meteorito que caiu em setembro, na região de Puno, perto da fronteira com a Bolívia, sejam declarados como patrimônio nacional, segundo informou a agência Reuters. Os peruanos querem evitar a comercialização da pedra espacial e facilitar a investigação no local.

"O país tem que defender o que é um patrimônio cultural. As leis consideram um material com grande valor mineralógico como patrimônio", afirmou o geólogo da estatal Hernando Núñez del Prado.

O instituto denunciou a presença de um grupo de americanos no local onde o meteorito caiu, liderados pelo colecionador Michael Farmer, que se ofereceu para extrair os restos existentes na cratera em troca de ficar com algum fragmento.

De acordo com Núñez del Prado, Farmer é famoso por viajar pelo mundo em busca de pedaços de meteoritos para vendê-los. O geólogo informou ainda que solicitará uma proteção para a cratera às autoridades da região e que o Instituto Nacional de Cultura assuma a responsabilidade sobre o caso para declarar o meteorito como patrimônio cultural do país e da humanidade.

"É necessário preservá-lo por ser uma evidência científica e já fizemos contato com alguns especialistas estrangeiros para que façam estudos detalhados sobre o meteorito", concluiu.

O impacto do corpo celeste, ocorrido no dia 15 de setembro, na comunidade de Carancas, a 1,3 mil km ao sul da capital Lima e próxima ao lago Titicaca, deixou uma crátera de cerca de 14 m de comprimento e quase 8 m de profundidade.

Fonte:Site Terra

Sonda japonesa Selene entra na órbita da Lua

A sonda japonesa Selene (Selenological and Engineering Explorer) entrou na órbita da Lua nesta sexta-feira, informou a agência espacial do Japão (Jaxa).

Lançada no mês passado do centro espacial na ilha de Tanegashima, a sonda lunar de três toneladas irá coletar informações sobre a origem e a evolução da Lua.

A missão de exploração da superfície da Lua deverá ter duração de um ano. Segundo cientistas japoneses, esta é a mais complexa missão lunar desde o programa Apollo, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos), entre as décadas de 1960 e 1970.

"Nós acreditamos que é um grande passo", disse um dos responsáveis pelo projeto na Jaxa, Yoshisada Takizawa. "Tudo está indo bem, e nós estamos confiantes."

Corrida espacial

Segundo Takizawa, a fase de coleta de dados da missão deverá ser iniciada em dezembro. A sonda também foi apelidada de Kaguya, em homenagem a uma princesa, personagem de um conto japonês, que vai à Lua.

O objetivo da missão é coletar dados geológicos, topográficos e ambientais, afirma a agência espacial japonesa. O lançamento ocorreu com quatro anos de atraso, devido a problemas técnicos.

O primeiro satélite japonês foi lançado ao espaço em 1972, mas nos últimos anos o programa espacial do país vem enfrentando dificuldades técnicas e financeiras.

O Japão corre atrás da China, que em 2003 se tornou o primeiro país asiático a enviar um astronauta ao espaço. Tanto a China quanto a Índia deverão lançar sondas lunares ao espaço nos próximos meses.


Fonte:Site Terra

Cometa choca com uma ejeção de massa coronal




Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.são restos gelados da formação do Sistema SolarSistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.. A maioria encontra-se a grandes distâncias do centro do Sistema Solar, ocasionalmente aproximando-se devido a um encontro próximo com um planetaplaneta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam. ou outro cometa. À medida que se aproximam do SolSol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.o calorcalor
O calor é energia em trânsito entre dois corpos ou sistemas. e a radiaçãoradiação electromagnética
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X. vaporiza o gelo e a poeira do cometa, formando uma cauda. Na verdade, formam-se duas caudas: uma de poeira e outra, menos brilhante, de plasmaplasma
O plasma é um gás completamente ionizado, em que a temperatura é demasiado elevada para que os átomos existam como tal, sendo composto por electrões e núcleos atómicos livres. É chamado o quarto estado da matéria, para além do sólido, líquido e gasoso. .

As ejecções de massamassa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.coronal são gigantescas nuvens de gás magnetizado que o Sol ejecta para o espaço. Trata-se de erupções violentas com vários milhares de milhões de toneladastonelada (t)
A tonelada (t) é uma unidade de massa equivalente a 1000 kg.de massa a ser lançada para cima, com velocidades até 3000 km/s. As ejecções de matéria coronal são famosas por provocarem tempestades geomagnéticas que podem afectar os nossos satélites e telecomunicações.

Em Abril de 2007, o cometa Encke encontrava-se próximo da órbitaórbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.de MercúrioMercúrio
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. É o mais pequeno dos planetas rochosos, com um diâmetro cerca de 40% menor do que o da Terra. quando uma ejecção de massa coronal atingiu a sua cauda e a arrancou. A sonda STEREO-A, da NASANational Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América., conseguiu observar o acontecimento com a sua câmara HI (Heliospheric Imager), que possui a capacidade de obter séries de imagens com bastante rapidez.

Os cientistas já suspeitavam que as ejecções de massa coronal podiam ser responsáveis pela desagregação da cauda de certos cometas, mas nunca se tinha observado directamente a acção de uma ejecção de massa coronal num cometa.

A análise preliminar sugere que a cauda foi arrancada quando o campo magnéticocampo magnético
O campo magnético é a região em torno de um corpo na qual é detectada uma força magnética. Os campos magnéticos actuam apenas em partículas electricamente carregadas. Campos magnéticos fracos são por exemplo gerados por efeito de dínamo no interior dos planetas e luas, enquanto que campos magnéticos mil milhões de vezes mais fortes podem ser gerados em estrelas e galáxias. Os campos magnéticos são capazes de controlar o movimento de gás ionizado e até moldar a forma dos corpos por eles actuados.à volta do cometa colidiu com o campo magnético da massa coronal levando a um realinhamento das linhas dos campos - o fenómeno é chamado de reconexão magnéticareconexão magnética
A reconexão magnética é um processo físico fundamental que ocorre em plasmas magnetizados em torno da Terra, do Sol e das outras estrelas, e ainda em reactores de fusão. Este processo modifica a topologia dos campos magnéticos através do rompimento e da reconexão das linhas de força. Ao fazê-lo, a energia magnética pode ser convertida noutros tipos de energia, como por exemplo energia cinética, calor, ou luz.e liberta uma enorme quantidade de energia, que terá causado a disjunção da cauda do cometa. O processo é semelhante ao que acontece na magnetosferamagnetosfera
Magnetosfera é a região em torno de um objecto celeste ocupada pelo seu campo magnético.terrestre durante as tempestades geomagnéticas e que produz, entre outros fenómenos, as aurorasaurora
A aurora é a luz emitida pelos iões da atmosfera terrestre, principalmente nos pólos geomagnéticos da Terra, estimulada pelo bombardeamento de partículas de alta energia ejectadas pelo Sol. As auroras aparecem dois dias depois das fulgurações solares, proporcionando um espectáculo de rara beleza, e atingem o seu pico cerca de dois anos depois do máximo de manchas solares. As auroras boreais e austrais são observáveis a latitudes elevadas no hemisfério Norte e hemisfério Sul, respectivamente. boreais.

O cometa Encke (com nome oficial de 2P/Encke) foi o segundo cometa periódicocometa de curto período
Designam-se por cometas de curto período aqueles cujo período orbital é inferior a 200 anos. a ser descoberto, depois do cometa HalleyCometa Halley
O Cometa Halley é o cometa periódico mais conhecido, com um período orbital de 76,1 anos. Os primeiros registos deste cometa remontam a 240 AC e a sua órbita foi calculada por Edmund Halley em 1704, com base nas leis de Newton. O seu regresso ao Sistema Solar interior em 1986 permitiu estudá-lo pormenorizadamente: o seu núcleo mede cerca de 16x8 km, reflecte apenas cerca de 4% da luz solar, roda sobre si mesmo em 3,7 dias e é composto por 45% de gelo de água, 28% de minerais e 27% de material orgânico. . Johann Franz Encke estudou a sua órbita detalhadamente em 1786, 1795, 1805 e 1818, determinando que se tratava sempre do mesmo objecto e previu (correctamente) o seu regresso em 1822.


Fonte:Portal do Astronomo

Imagem do Dia: IC 5146 - Nebulosa do Casulo


A Nebulosa do Casulo, catalogada como IC 5146 é uma bela nebulosa localizada na constelação de Cisne. Esta nebulosa encontra-se a 4000 anos-luz de distância de nós, e está associada a um jovem enxame aberto. Como outras zonas de formação de estrelas, esta nebulosa é composta por zonas de emissão, de reflexão e de absorção. Esta imagem do astrónomo amador José Ribeiro é o resultado do processamento digital de 5 exposições individuais de 10 minutos cada, obtidas através de um filtro passa-banda de H-alfa.



Fonte:Portal do Astronomo

04/10/2007

Ha 50 anos começava a Era Espacial!


Cinqüenta anos atrás, no dia 4 de outubro, os russos lançavam ao espaço o satélite Sputnik, dando início à corrida espacial. Os primeiros a desenvolver um foguete, foram, na verdade, os alemães, que nos anos 40, sob o regime nazista, criaram o V2.
Com o fim da Segunda Guerra, os segredos do Terceiro Reich passaram às mãos dos Estados Unidos e da União Soviética, os protagonistas da Guerra Fria e rivais na corrida espacial. No ambiente paranóico da época, acreditava-se que aquele que conquistasse o espaço conquistaria também a Terra.

Quando Moscou lançou o Sputnik no dia 4 de outubro de 1957, o sonho americano foi balançado, não tanto pelo ponto de vista tecnológico - o Sputnik era apenas um satélite de telecomunicações -, mas sim porque os soviéticos passaram a gabar-se de ser "os primeiros".

Pânico e incredulidade

Enquanto os soviéticos comemoravam a conquista, nos Estados Unidos os americanos mal podiam acreditar.

Muitos reagiram com pânico e vários filmes de ficção científica foram produzidos na época, nos quais, muitas vezes, o inimigo alienígena era apenas uma alegoria dos comunistas. Um mês depois do lançamento do Sputnik, foi lançado ao espaço o primeiro ser vivo: a cachorra Laika. Mais uma vitória russa na corrida espacial.

Nos Estados Unidos, a fúria aumentava junto à incredulidade. Em 1961, o presidente americano John Kennedy anunciou que seu país enviaria o homem à Lua antes do fim da década. Washington precisava urgentemente de uma vitória, mas ainda sofreu várias derrotas ao longo do caminho.

Os soviéticos também tropeçavam, mas os fracassos de seu programa espacial só foram divulgados depois do fim da União Soviética. Em 1962, no entanto, os soviéticos enviaram o primeiro homem ao espaço, o cosmonauta Yuri Gagarin. Ele orbitou a Terra e, na ocasião, disse a famosa frase "a Terra é azul e eu não vi Deus". Mais uma vez os comunistas chegaram na frente.

Um ano depois, Moscou alcançava mais uma vitória enviando ao espaço a primeira mulher, Valentina Tereshkova. Em 1968, o cosmonauta soviético Alexei Leonov fez a primeira caminhada no espaço.

Conquista americana

Finalmente, em 1969, os Estados Unidos chegaram na frente. A promessa de Kennedy foi cumprida em 20 de julho. Depois de ele ter sido assassinado e sob o governo do presidente Richard Nixon, o astronauta Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua.

A missão orbitou o satélite dez vezes antes do pouso do módulo Eagle. Ao caminhar, Armstrong soltou a célebre frase: "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". O mundo acompanhou o feito pela TV.

Mas os Estados Unidos já haviam fracassado tantas vezes que muitos não acreditaram nas imagens. Até hoje, há quem diga que o homem nunca chegou à Lua. A televisão aproximou a corrida espacial do homem comum. A guerra pelas galáxias continuou a ser transmitida ao vivo.

Em 1986 foi lançada ao espaço, pela União Soviética, a Estação Espacial MIR, a maior e mais ambiciosa já criada até então. A idéia era montar uma "cidade espacial", que funcionaria também como laboratório. A MIR permaneceu em funcionamento por 15 anos e chegou a abrigar missões conjuntas dos Estados Unidos e da Rússia antes de ser desativada.

No mesmo ano, a americana Challenger explodiu no ar durante o lançamento, causando a morte dos sete membros da tripulação. Depois disso vieram os turistas espaciais, a explosão da Columbia, o primeiro taikonauta, como foram batizados os austronautas chineses, e a conquista de Marte, entre outras façanhas.

A corrida espacial já não tem mais as mesmas conotações paranóicas do início - a Guerra Fria acabou, a União Soviética não existe mais e os Estados Unidos predominam -, mas essa corrida continua sendo uma das aventuras mais incríveis da humanidade.



Fonte:Site Terra

Imagem do Dia: NGC 6543 - Raios-X na nebulosa Olho de Gato


Esta imagem espectacular da nebulosa planetária Olho de Gato (NGC 6543) é uma composição formada pela imagem óptica obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, aqui reproduzida no dia 18 de Junho, e a imagem de raios-X obtida pelo satélite Chandra. Esta mostra que a emissão de raios-X é muito intensa, indicando a presença de gás extremamente quente. A emissão de raios-X é representada a azul, enquanto que a emissão óptica se encontra a vermelho e a verde. A estrela central a partir da qual esta nebulosa foi gerada está imersa em gás que se encontra a muitos milhões de graus de temperatura e que, por isso, é um forte emissor de raios-X. O satélite Chandra foi lançado para o espaço em 23 de Julho de 1999, tendo sido o maior satélite posto em órbita pelo Space Shuttle.

Fonte:Portal do Astronomo

03/10/2007

Cientistas observam estrela nascendo fora de galáxia

Astrônomos encontraram evidências de que estrelas não estão nascendo dentro de uma galáxia, e sim fora, em uma cauda formada pelo seu deslocamento, informou a Agência Fapesp nesta terça-feira. A cauda é parecida com um cometa, só que maior, se estendendo por mais de 200 mil anos-luz. O estudo será publicado na revista The Astrophysical Journal.
A cauda foi criada a partir do gás liberado pela galáxia ESO 137-001, que está se deslocando rapidamente em direção ao centro do Abell 3627, um impressionante aglomerado de galáxias. A descoberta foi realizada a partir do observatório de raio X Chandra, da Nasa, com o Soar, consórcio instituições americanas, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As observações indicam que o gás na cauda tem sido responsável pela formação de milhões de estrelas. Como grandes quantidades de gás e poeira necessárias para a formação de estrelas são geralmente encontradas apenas dentro de galáxias, até agora não se suspeitava que um número tão elevado de estrelas pudesse se formar fora de uma delas.

Fonte:Site Terra

Hubble mostra jovens estrelas no "berço do espaço"


A agência espacial européia (ESA) divulgou nesta terça-feira uma foto obtida pelo telescópio especial Hubble da nebulosa NGC 3603, também denominada "o berço do espaço". A região está localizada a cerca de 20 mil anos-luz do Sistema Solar, no braço Carina da Via Láctea.

A imagem mostra uma jovem estrela cercada por uma vasta área de poeira e gás. A maioria dos astros que brilham ao seu redor são estrelas azuis (jovens astros que possuem elevadas temperaturas).

As estrelas azuis produzem radiação ultravioleta e ventos violentos que formam uma enorme cavidade na área dominada por gás e poeira e que cerca o conglomerado. A imagem foi divulgada pelo centro Hubble, localizado em Munique, Alemanha


Fonte:Site Terra

02/10/2007

Vaticano sedia conferência de astronomia


O Vaticano está sediando, em Roma, uma conferência científica que reúne mais de 200 astrônomos de 26 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Rússia e Japão.

Durante o encontro de cinco dias, na Universidade Papal, os cientistas vão usar fórmulas e simulações matemáticas para discutir as origens do universo, especialmente a formação e evolução de galáxias, estrelas e planetas.

É a segunda vez em sete anos que o Vaticano organiza um evento do tipo. Segundo o padre José Funes, chefe do Observatório do Vaticano, importantes descobertas foram feitas com a ajuda de telescópios desde o último encontro astronômico do Vaticano, em 2000, e há muito para ser discutido.

O padre Funes lidera uma equipe de 13 cientistas, a maioria padres jesuítas, para realizar seus programas de pesquisa astronômica e coopera com renomadas universidades em várias partes do mundo.

Um dos integrantes do grupo, frei Guy Consolmagno, explica as motivações da Igreja para financiar pesquisas científicas depois de séculos de discussões a respeito dos papéis da ciência e da religião: "Eles (o Vaticano) querem que o mundo saiba que a Igreja não tem medo da ciência".

"Esse é nosso modo de ver como Deus criou o Universo e eles (o Vaticano) querem deixar o mais claro possível que a verdade não contradiz a verdade; que se você tem fé, você nunca vai temer o que a ciência vai revelar, porque é verdade", diz o frei.

Calendário

A Igreja Católica começou a se interessar seriamente pelo estudo de astros e galáxias quatro séculos atrás, quando o Papa Gregório 13º instituiu um comitê para examinar os efeitos para a ciência de sua reforma do calendário.

Em 1582, o Papa substituiu o calendário juliano, que vigorava desde os tempos de Júlio César, pelo calendário gregoriano, mais correto cientificamente e usado até hoje.

Mas que pode ser considerado o primeiro observatório astronômico do Vaticano foi criado apenas em 1789 em um prédio chamado de Torre dos Ventos, que ainda existe perto do Palácio Apostólico.

Um século depois, em 1891, o Papa Leo 13º, numa tentativa de contrabalançar a percepção de uma suposta hostilidade da Igreja em relação à ciência, criou outro pequeno observatório numa montanha atrás do Domo da Basílica de São Pedro.

Por causa do crescimento de Roma e do aumento da poluição, que atrapalhava a visibilidade das estrelas, os telescópios do Vaticano mudaram de lugar diversas vezes. Desde 1981, o Vaticano escolheu a cidade americana de Tucson, no Arizona, como base para seu grupo de pesquisas astronômicas. É lá que fica hoje o telescópio de tecnologia avançada do Vaticano.

Fonte:BBCBrasil.com

O gelo na superfície de Marte


Desde a observação dos canais de MarteMarte
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. É o último dos chamados planetas interiores. O seu diâmetro é cerca de 50% mais pequeno do que o da Terra e possui uma superfície avermelhada, sendo também conhecido como planeta vermelho.que os cientistas começaram a suspeitar que houve um tempo em que água líquida fluía na superfície de Marte. Por hipótese, os pólos de Marte podem conter, sob a forma de gelo, grandes quantidades de água. Mas como a atmosferaatmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.de Marte é constituída em 95% por dióxido de carbono e contém apenas uns vestígios de água, alguns investigadores teorizaram que as calotes polares deviam ser constituídas por gelo de dióxido de carbono, também chamado gelo seco.

Uma equipa liderada por cientistas planetários do MIT (Massachussets Institute of Technology, EUA) levou a cabo um estudo sobre a composição da superfície da região do pólo sul de Marte. Suspeitavam que a calote polar era composta por uma fina camada de dióxido de carbono que cobria uma camada de poeira e gelo. À volta da calote, estende-se uma região escura e lisa, muito maior que a própria calote, e cuja composição era incerta: seria constituída por poeira, por gelo, ou ambos?

A análise dos dados topográficos e gravitacionais recolhidos por três sondas que orbitam Marte - a Mars Reconnaissance Orbiter, a Mars Global Surveyor e a Mars Odyssey2001 Mars Odyssey
A missão 2001 Mars Odyssey é uma missão da NASA destinada ao planeta vermelho, Marte, com o objectivo de utilizar câmaras e espectrógrafos para procurar evidências da existência de água líquida e de actividade vulcânica, tanto no passado como no presente. Lançada em 7 de Abril de 2001, a sonda chegou a Marte em 24 de Outubro de 2001 e ficou a orbitar o planeta. Observações realizadas pela Mars Odyssey em 26 de Maio de 2002 deram indícios da existência de enormes depósitos de gelo de água abaixo da superfície do planeta.- permitiu determinar o volume e a massamassa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.de gelo na calote polar sul com bastante precisão. Com estes valores, os investigadores calcularam a densidadedensidade
Em Astrofísica, densidade é o mesmo que massa volúmica: é a massa por unidade de volume. do gelo na calote polar, assim como na região circundante: chegaram à conclusão que é aproximadamente 1 220 kg/m3. Este valor indica que a sua composição é essencialmente água, com cerca de 15% de poeira de silicatos misturada.

(A densidade de gelo de água é 1 000 kg/m3 e a densidade de gelo seco é 1 600 kg/m3.)

Este resultado diz-nos que a região do pólo sul de Marte é o maior corpo de água gelada do Sistema SolarSistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.interior, depois da Terra!

Uma questão que intrigava os cientistas era a observação de uma grande percentagem da superfície polar que não reflecte tanta luz como seria de esperar se houvesse gelo à superfície. Este estudo mostra que grande parte do gelo está coberto por uma camada de poeira. Fica pouco claro porque é que só cobre certas áreas.

A equipa planeia estender este tipo de estudo à calote polar norte de Marte, que aparenta não ter uma camada de poeira à superfície, mas que se encontra junto de um enorme campo onde parece haver uma quantidade significativa de gelo.

Fonte:Portal do Astronomo