02/08/2007

Grupo de cientistas descobre novo tipo de galáxia


Um grupo internacional de cientistas anunciou a descoberta de um novo tipo de galáxia, encontrada a partir de dados obtidos pelos observatórios espaciais Suzaku, do Japão, e Swift, dos Estados Unidos. Sua principal característica é um núcleo galáctico ativo (NGA) até então desconhecido, do qual nenhuma emissão de luz consegue escapar, informou nesta quarta-feira a Agência Fapesp.
NGA é uma região no centro de uma galáxia com luminosidade muito acima do normal em uma ou mais ondas do espectro eletromagnético, e, junto com quasares, blazares e galáxias Seyfert, estão entre os objetos mais luminosos no Universo. Estima-se que a radiação emitida pelo NGA seja resultado da atração de gases para um buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Nos modelos tradicionais, os NGAs estão envoltos por um disco de material, que cobre parcialmente o buraco negro.

No entanto, os responsáveis pela nova descoberta apontam que o NGA agora identificado está totalmente envolto por uma capa de material. "Conseguimos identificar luz visível de outros tipos de NGA, mas, nessas duas galáxias, a luz que vem dos núcleos é totalmente bloqueada", disse Richard Mushotzky, do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa.

"Achamos que esses buracos negros supermassivos têm tido um papel fundamental no controle da formação das galáxias. Não se pode compreender o Universo sem entender os buracos negros gigantes e o que eles estão fazendo", disse Jack Tueller, também do centro Goddard. "Os resultados de nosso estudo implicam que deve haver um grande número de galáxias ativas obscurecidas e ainda desconhecidas no Universo local", destacou Yoshihiro Ueda, da universidade japonesa de Kyoto.

Os NGAs analisados residem nas galáxias ESO 005-G004 e ESO 297-G018, que estão, respectivamente, a 80 milhões e a 350 milhões de anos-luz da Terra.

Redação Terra

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